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Melgaço/Europeias: PS esmaga direita que esteve “de cócoras” perante a Europa

24 Março, 2019 - 07:52

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Uma direita que esteve “de cócoras” perante a Europa. Foi este o termo utilizado pelo presidente da Federação do PS de Viana do Castelo, Miguel Alves, ao fazer o balanço […]

Uma direita que esteve “de cócoras” perante a Europa. Foi este o termo utilizado pelo presidente da Federação do PS de Viana do Castelo, Miguel Alves, ao fazer o balanço do trabalho do PSD e do CDS-PP em Bruxelas nos anos mais recentes. Foi o discurso mais agressivo da noite. Mas também o mais aplaudido pelas cerca de duas centenas de militantes e simpatizantes do partido que este sábado marcaram presença em Melgaço, para um jantar com o cabeça de lista do partido às próximas eleições europeias, Pedro Marques [na fotografia].

 

Paulo Rangel e Nuno Melo? “Não se conhece uma única medida”

 

Ao seu estilo, Miguel Alves não poupou nas críticas. Não foi meigo. Entrou de roda no ar. “Um dos desafios que temos pela frente é tentar fazer com que as pessoas percebam quem é que está em melhores condições para defender o nosso país na Europa. Serão aqueles que querem ir para a Europa para dizer que devemos estar fora da Europa, como é o caso dos partidos à nossa esquerda? Não me parece”, disse. “Será que a melhor forma de nos defender foi o que fizeram Rangel, Melo e Passos que, durante anos, fizeram com que o país se pusesse de cócoras perante a Europa com salários cortados… pensões cortadas e fim do abono de família? É essa gente que agora nos vai defender na Europa? Não”, atirou. “A decisão é muito simples. O PS conseguiu imprimir um novo rumo na Europa com uma nova mensagem e é justo que tenha uma grande votação nestas europeias. A lista do PS é a capacidade de nos honrarmos na Europa… não de nos ajoelharmos perante a Europa”, sublinhou.

Os canhões continuavam apontados à direita. “Enquanto Paulo Rangel e Nuno Melo estiveram em Bruxelas durante estes 10 anos e não se conhece uma única medida pelo nosso país na Europa, isso já não acontece com o nosso cabeça de lista, Pedro Marques, que já muito fez e já pôs no nosso país muito dinheiro da Europa”, traçou Miguel Alves que, ato contínuo, pegou na máquina de calcular. “Enquanto esteve no Governo, Pedro Marques contratualizou com o Alto Minho 520 milhões de euros. Isto sem contar com a Linha do Minho e sem contar com as praias de Moledo e Viana do Castelo”.

Foi ainda mais cirúrgico e apontou as assinaturas deixadas por Pedro Marques em Melgaço. “O saneamento na freguesia de Paços aparece porque alguém no Governo teve a sensibilidade de pôr 554 mil euros de fundos comunitários para ajudar Manoel Batista [presidente da Câmara]. Para Centro de Formação da APPACDM, na freguesia de Prado, estamos a falar de 557 mil euros contratualizados por Pedro Marques com a Câmara Municipal”, enumerou o também autarca de Caminha. “E temos a Escola Básica e Secundária de Melgaço. Quem é que se lembrou de pôr lá 950 mil euros de fundos comunitários? Foi Pedro Marques, com o nosso Ministro Tiago Brandão Rodrigues”.

 

“Conhecem aquele anúncio dos CTT? Bla… bla… bla…”

 

O quadro estava pronto aos olhos de todos. “Temos alguém que fez isto e temos outros que mandam uns soundbytes… e que vão apenas para a televisão mandar umas ideias. Mas em quem é que nós vamos acreditar?”, questionou Miguel Alves. “Temos de acreditar em quem faz!”, disparou. Foi mais longe e comparou mesmo a direita a um anúncio televisivo. “Vocês conhecem aquele anúncio dos CTT? Bla… bla… bla…”. Gargalhada geral na sala. “Disso percebe a direita! Com Pedro Marques temos ação. Temos política. Temos seriedade e é por isso que Melgaço e todo o Alto Minho vai votar massivamente nele!”, exclamou. Longo aplauso.

 

 

Mas Miguel Alves ainda tinha mais um golpe a dar. “Eu vejo os cartazes da direita aí nas rotundas que dizem A Europa é Aqui. E os mesmos que dizem agora que a Europa é aqui, em Melgaço, foram os mesmos que deixaram apodrecer uma Unidade de Cuidados Continuados… e teve de vir o PS abrir aquilo e dizer que a Europa é aqui e que Portugal também é! Melgaço é o início da Europa e o início de Portugal”. A sala rebentou num dos maiores aplausos da noite.

 

Manoel Batista: “Estamos todos convocados!”

 

Visivelmente de alma cheia perante um mar de socialistas à sua frente, o presidente da Câmara de Melgaço foi uma das individualidades mais elogiadas da noite. Pela discrição. Pela capacidade de execução. De olhos na multidão, Manoel Batista virou os elogios para Pedro Marques. “Um homem com uma enorme capacidade de planear. Um homem que, para além de ser capaz de trabalhar esta questão do planeamento, soube colocar obra no terreno. Prova disso são algumas obras absolutamente marcantes para o Alto Minho e para o país”, referiu Manoel Batista. Apontou a eletrificação da Linha do Minho, a ligação de Paredes de Coura à A3 já contratualizada e a requalificação da EN101 e da EN202.

Mas o autarca melgacense não deixou também de enaltecer o contributo dado por Manuel Pizarro [nono da lista do PS], também presente no jantar, a Melgaço. “Em 2010 foi absolutamente essencial para a transformação do Centro de Saúde na Unidade de Cuidados Continuados. Voltou a ser importante para, em 2016, termos feito dessa Unidade uma realidade efetiva, recordou.

Voltou novamente ao cabeça de lista que, para Manoel Batista, personaliza “todos os valores que o PS representa”. Firme nos rostos que o olhavam, o edil apelou a todos para que não vejam “as próximas eleições como mais umas eleições”. “Perante a situação política que a Europa vive, elas transformaram-se num momento crucial de afirmação de todos os valores que o PS defende”. Apelou ao voto e ao combate à abstenção. “Para que a lista do PS saia vencedora é claramente necessário que cada um de nós se empenhe. Estamos todos convocados! Mãos à obra!”, exclamou Batista saudado também com uma enorme ovação.

 

Pedro Marques: “Não queremos uma Europa a implementar sanções do tempo da direita!

 

A terminar a ronda de discursos, o homem da noite. De sorriso aberto, Pedro Marques saudou a imensidão que o aplaudia. “Já temos estatísticas da pobreza há 25 anos. E o que nos dizem elas? Sempre que a direita vai para o Governo, sobe a pobreza em Portugal”, disparou o candidato socialista. “Tem de ser sempre o PS a regressar ao Governo para que ela volte a descer. E isso está outra vez a acontecer porque tomamos medidas que nos diziam que não era possível tomar”. Colocou na mesa o aumento das pensões e o aumento do salário mínimo nacional. “E a Europa nem nos queria deixar aumentá-lo”, recordou. “Conseguimos, camaradas! Conseguimos 350 mil empregos, redução da pobreza e contas em ordem”.

“Conseguimos a eletrificação da Linha do Minho, a requalificação de muitas escolas e muitas outras obras com o apoio de fundos comunitários. E também com o apoio destes fundos, a criação de muitos empregos sobretudo aqui no Alto Minho”, lembrou Pedro Marques. “É isso que queremos fazer na Europa. Não queremos uma Europa a implementar aquelas políticas dos cortes e sanções do tempo da direita! Queremos uma Europa a fazer o que fizemos em Portugal. Queremos uma Europa a governar para as pessoas”, afirmou em tom mais pragmático. “As pessoas estão fartas de ver uma Europa como uma comunidade de tecnocratas que só decidem coisas do ponto de vista técnico sem pensar na vida delas”. E o PS não quer isso. “Queremos políticas de emprego! Queremos políticas de habitação! Queremos políticas sociais! Queremos uma política para todos e não só para os das grandes cidades”.

 

“Como se estivéssemos a caminho de eleições autárquicas!”

 

“Melgaço é Portugal e é uma terra que é socialista há muitos anos. Aqui as pessoas sabem o que é governar para cada um e para os que menos têm. Se queremos assim em Melgaço, temos de querer também na Europa”, definiu Pedro Marques. E terminou, previsivelmente, a apelar a uma votação massiva nas eleições do próximo dia 26 de maio. “Só vamos conseguir o resultado que queremos se todos nos mobilizarmos para ir votar”, alertou. Apelou mesmo a um empenho equivalente ao verificado nas eleições autárquicas. “A vossa escola foi arranjada com o apoio da Europa. As empresas vieram com o apoio da Europa. Nós temos agora uma vida melhor com o apoio deste Governo socialista… e se tivermos uma grande vitória nestas eleições europeias, António Costa também irá ter uma grande vitória nas eleições legislativas”. “Os próximos dois meses terão de ser como se estivéssemos a caminho de umas eleições autárquicas!”, concluiu o candidato socialista ao som de muitas palmas e saudado com vários abraços no regresso à mesa.

 

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