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Melgaço

Melgaço: António Costa inaugurou nova Unidade de Cuidados Continuados

20 Agosto, 2016 - 13:00

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Primeiro-Ministro diz que espaço ‘é um símbolo do que é a visão que este Governo tem para o setor da Saúde e para a gestão que devemos ter dos nossos recursos orçamentais’.

Está feito. Um ano depois de ter visitado a Unidade de Cuidados Continuados de Melgaço, o Primeiro-Ministro inaugurou este sábado aquele espaço que, recorde-se, permanecia pronto mas encerrado desde 2012. E foi precisamente por esta visita que António Costa iniciou o seu discurso. O chefe de Governo recordou a oportunidade que teve “de verificar uma situação chocante, que é a de termos umas instalações que tinham sido mandadas construir em 2010, completamente prontas desde 2012 e que se mantinham encerradas, sem estarem ao serviço da população e não aproveitando o investimento de 1,3 milhões de euros que tinha sido realizado”. Para a memória, continuou António Costa, ficou na altura [com Pedro Passos Coelho à frente do Governo] “o mau exemplo do estado de abandono a que estava dedicado o Serviço Nacional de Saúde”.
Dotada de 29 camas e cerca de 30 profissionais, a gestão do novo espaço será feita a partir de Barcelos. “A abertura desta nova Unidade de Cuidados Continuados é um símbolo do que é a visão que este Governo tem para o setor da Saúde e para a gestão que devemos ter dos nossos recursos orçamentais”, prosseguiu o Primeiro-Ministro. “Todos sabemos que a Saúde tem um grande peso no nosso Orçamento. São necessárias reformas no setor da Saúde para podermos ter maior eficiência nas nossas finanças públicas. Mas reformar o setor da Saúde não é fechar equipamentos ou manter equipamentos fechados”, atirou. “É fazer as reformas necessárias para que possamos prestar melhores cuidados de saúde à população com menores encargos para todos os contribuintes”, realçou o Primeiro-Ministro.
Nesta cerimónia marcaram também presença o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues e os deputados socialistas na Assembleia da República eleitos por Viana do Castelo, José Manuel Carpinteira e Sandra Pontedeira. A deputada, recorde-se, notabilizou-se no passado mês de fevereiro ao ter questionado o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sobre esta matéria durante o debate do Orçamento do Estado na especialidade. Esta sexta-feira, seis meses depois desta intervenção, Sandra Pontedeira não escondeu a alegria e o orgulho aos microfones da Rádio Vale do Minho. “É a sensação de dever cumprido. Não só uma promessa cumprida por António Costa como a sensação de dever cumprido de quem faz, de quem está na Assembleia da República e de quem governa”, disse a deputada com um sorriso. “O Alto Minho está a avançar nas questões da Saúde e também noutras áreas. A população merece, de facto, este empenho de todos os políticos e a partir de agora de todos os técnicos que fazem parte desta instituição”.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Melgaço salientou a importância que teve a visita de António Costa realizada no ano passado para a abertura daquele espaço. No entanto, Manoel Batista sublinhou que “o Município é mais do que um equipamento que se abre. Melgaço é futuro e tem uma série de áreas em que tem de afirmar-se e se afirmará como futuro. É futuro na área da cultura, na área do desporto, no turismo, na agroindústria e é futuro na área dos vinhos”. Foi então que, quase que inevitavelmente, o edil melgacense lançou o apelo ao Primeiro-Ministro. “Temos uma sub-região que se demarca como uma das sub-regiões mais nobres, com melhor capacidade de produção de vinhos de excelência. É uma sub-região que precisa de ser olhada de uma outra forma. Precisa de ser olhada de forma a que se diferencie da região dos vinhos verdes”, alertou. “Temos no Sr. Secretário de Estado da Agricultura um parceiro. Com ele já conversámos sobre estas questões e da necessidade de uma diferenciação positiva da sub-região Monção/Melgaço mas gostaria, Sr. Primeiro-Ministro, que tirasse um momento do seu tempo e da sua agenda para poder transmitir-lhe essas preocupações, esses desafios que temos pela frente e o caminho que poderemos traçar para um futuro promissor de Melgaço enquanto produtor de vinhos de excelência e da sub-região no seu todo”.

Alvarinho: Melgaço promete continuar luta pela revisão da portaria

Um ano após a criação da portaria que vai permitir o alargamento da denominação de origem do vinho Alvarinho a toda a região dos vinhos verdes, o Município de Melgaço exige que a portaria seja revista. Em declarações recentes ao Porto Canal, o presidente da Câmara sublinhou alterações que considera fundamentais para a diferenciação da produção feita na sub-região de Monção/Melgaço. “Achamos que é absolutamente indispensável que se crie um centro de competências no território para a área do vinho. Sabemos que temos parceiros que podem colaborar com os vários atores da sub-região. Paralelamente a isso, defendemos a criação de um conselho, de um organismo ou de uma qualquer estrutura para que se pense a estratégia de comunicação e de internacionalização da sub-região”, disse Manoel Batista.
O autarca garante que os melgacenses não vão desistir. Caso o pedido de alteração à legislação não seja atendido, as formas de luta podem intensificar-se. “Estamos confiantes de que há sensatez e boa vontade por parte do Ministério em trabalhar connosco nisto. No caso de nada resultar, temos a última arma possível que é a questão da providência cautelar. Está juridicamente pronta”, avisou Manoel Batista.
Este alargamento será um processo gradual, que decorrerá até 2021. Os produtores de Monção e Melgaço vão em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também até 2021.

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