PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Melgaço

Melgaço: Direção dos Bombeiros garante que prestação de socorro «não está posta em causa»

11 Janeiro, 2017 - 02:08

284

0

Versão do ex-comandante é diferente. Gaspar Caldas alerta para perigo de extinção da corporação.

A direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melgaço garante que, apesar dos “constrangimentos” a que a corporação tem estado sujeita nos últimos dias, “não está posta em causa a prestação de socorro às populações, em particular, no socorro à emergência pré-hospitalar”. Recorde-se que os Bombeiros Voluntários de Melgaço (BVM) estão reduzidos a cerca metade do efetivo. O comandante da corporação, Gaspar Caldas, pediu a exoneração de funções no passado dia 3 de janeiro. Logo de seguida, 25 bombeiros pediram inatividade. “Importa esclarecer que o pedido de inatividade é um direito que assiste ao Bombeiro e que pode ser revertido a qualquer momento por intenção do próprio, não significando por isso a demissão”, esclarece a direção dos bombeiros num comunicado onde assegura também que “alguns bombeiros em situação do quadro de reserva se prontificaram já a assumir o pedido de passagem ao quadro ativo, com a finalidade de minimizar esta situação”.
No mesmo documento, a atual direção rejeita quaisquer divergências com o corpo de bombeiros. Na versão da equipa liderada por Luís Matos, atual presidente, houve “uma tentativa do Sr. Comandante de desestabilizar a direção, desconhecendo esta quais as suas reais motivações”.

Bombeiros “à civil e pelos seus próprios meios” – Ex-comandante alerta para perigo de extinção

A direção dos Voluntários de Melgaço garante que o socorro não está posto em causa mas, de acordo com o jornal “Voz de Melgaço” (VM), já houve ocorrências onde foi registada a intervenção de bombeiros inativos. Um dos episódios mais recentes registou-se na localidade de Pomares em que “terá sido uma equipa de oito bombeiros que, à civil e pelos seus próprios meios, se deslocaram ao local do incêndio para fazer o combate”, escreve aquele periódico local. Ao VM, Gaspar Caldas contou que “os Bombeiros, surgindo incêndios, pegam nos seus próprios carros e vão à civil, não abandonam a população. Foram à civil para Pomares e para outros sítios. No sábado houve um incêndio em Arbo, que nos deu tanto apoio e é preciso reconhecer essa gente, teve de se tentar arranjar três homens pelo telefone para ir, quando havia vinte numa reunião, mas estavam em inactividade, não podiam ir”.
Na tentativa da defesa da sua versão dos factos, o ex-Comandante manifesta-se disponível para, em público e em qualquer meio, “debater olhos nos olhos com o presidente da Direcção. Tenho provas de tudo o que tenho feito por esta casa para a engrandecer e não admito que agora venham destruir tudo. O que tenho a dizer digo-o, não tenho nada a perder. A única coisa que tenho a perder e se calhar já perdi, são os Bombeiros da minha terra”.
Ainda em declarações ao VM, Gaspar Caldas alerta que este cenário pode até conduzir ao desaparecimento da corporação. “Há Bombeiros que pediram a inatividade que neste momento pensam em mudar o documento e pedir a demissão”, garante. “Melgaço tem 46 bombeiros, tirando-lhe estes 25 e o Comando veja-se o que fica! E ainda corremos outro risco muito sério: Se não tivermos a capacidade, de acordo com a lei, para salvaguardar a defesa de pessoas e bens nesta área geográfica de Melgaço, a corporação simplesmente é extinta”, avisou.

Últimas