Depois de Valença, agora é a vez de Paredes de Coura se manifestar contra o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente.
Para este sábado está marcada uma vigilia juntos às instalações do centro de saude local. A iniciativa parte de Sandra Barros, residente no concelho há cinco anos, que diz-se "descontente com a situação e a vigília é para a população de Coura se possa manifestar".
O intuito é o de cada courense aparecer com uma vela e uma bandeira portuguesa, "esta no sentido de demonstrar a quem de direito que somos cidadãos portuguesas, pagamos impostos e a saúde é um bem essencial".
Mediante a adesão dos courenses a esta vigília, Sandra Barros vai ponderar depois se avança com mais acções de luta contra o encerramento do SAP de Coura. "Este para já é um primeiro passo, obviamente que se as pessoas estão descontentes com a situação, não se pode ficar só por uma vigília", acrescenta.
Sandra Barros diz que sendo Paredes de Coura um concelho mais do interior e com acessibilidades dificeis, o centro de saúde local deve continuar a disponibilizar cuidados de saude 24 horas por dia.
Confrontado com este protesto, António Pereira Júnior adiantou à Rádio Vale do Minho que não vai estar presente, porque esta vigilia não está a ser organizada por uma courense, "ninguém a conhece como se fosse de cá e portanto fica-se na expectativa que é uma outsider que vem aqui fazer uma manifestação", e por isso "não é o povo de Paredes de Coura que continua a confiar nas entidades e quando for necessário de chamar o povo, dizendo-lhe o que se está a passar e que não se conseguiu os objectivos, aí sim conversaremos e saber quais as atitudes a serem tomadas na defesa da população".
Recorde-se que a Câmara de Paredes de Coura, liderada por António Pereira Júnior, assinou em 2008 o protocolo de requalificação do serviço de urgências, mas mediante a garantia de alguns serviços alternativos para o concelho. Deste modo, o autarca local explica que está a negociar com o Governo o facto de alguns pontos do protocolo não estarem a ser cumpridos. "Uma delas a criação de uma unidade de cuidados continuados de saúde que sabemos oficiosamente que está criada, mas oficialmente não está, e uma outra é que devido às más acessibilidades do concelho não enecrraria completamente o SAP a partir das 24h00, mas ficaria aqui um enfermeiro e um tecnico de saude com um medico à chamada, mas é algo que não está cumprido e estamos a negociar com a tutela de cmpri essa clausula ou se não houver entendimento há outras alternativas", explica o autarca local.
O SAP, Serviço de Atendimento Permanente, de Paredes de Coura, que funcionava 24 horas por dia está, agora, fechado entre a meia-noite e as oito da manhã. O encerramento foi decidido ao abrigo dos protocolos assinados, em 2008, entre as câmaras municiais e o Ministério da Saúde, no âmbito da reestruturação das urgências.
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