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Lampreia: Pesqueiras do Rio Minho na corrida a Património de Interesse Nacional

3 Janeiro, 2019 - 09:47

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As pesqueiras milenares de lampreia no Rio Minho estão na corrida a Património de Interesse Nacional. A ideia começou por ser defendida e encabeçada no ano passado pelo presidente da […]

As pesqueiras milenares de lampreia no Rio Minho estão na corrida a Património de Interesse Nacional. A ideia começou por ser defendida e encabeçada no ano passado pelo presidente da Câmara de Melgaço. O dossiê, contou Manoel Batista à Rádio Vale do Minho, está agora sob alçada do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho. “Há um grupo de trabalho que nesta altura está neste momento a tratar deste processo de reconhecimento das pesqueiras”, disse o edil melgacense. Um grupo que, entre outras entidades, inclui pescadores e presidentes de Câmara portugueses e galegos. “É um trabalho que está a ser desenvolvido de forma muito sustentada para que possa ser depois apresentado tanto a Portugal como a Espanha, para que possa também ser reconhecido pelos espanhóis como Património de Interesse Nacional”.

 

 

Manoel Batista espera que, sobre esta matéria, existam novidades ainda este ano mas lembra sempre que estes processos costumam ser morosos. “Fazer estas coisas de forma apressada é sempre o pior dos caminhos. O reconhecimento nacional é o grande objetivo e depois poderemos até avançar para um patamar mais elevado”, gizou Manoel Batista já com o Património Mundial da UNESCO no horizonte.

“Considero que as pesqueiras são um património único”, avalia Manoel Batista em tom pragmático. Para Manoel Batista, um argumento mais do que suficiente para que sejam reconhecidas como Património de Interesse Nacional.

 

 

Em zonas de águas pouco profundas, onde a passagem de qualquer barco é difícil ou até mesmo impossível, formam-se pequenos rápidos. O salmão e o sável saltam. A lampreia, no entanto, opta por serpentear no fundo pedregoso do rio Minho. Para capturar estas espécies, o pescador ribeirinho teve necessidade de construir um engenhoso sistema de muros em pedra partindo das margens, as pesqueiras, nas quais arma as artes designadas botirão e cabaceira. É um processo piscatório cujas origens remontam às primitivas economias recolectoras, evoluindo para técnicas mais elaboradas de aquisição de subsistência.

 

Lampreia de Melgaço reconhecida pela “elevada qualidade”

 

Entre os vários concelhos do Vale do Minho que promovem a lampreia entre os meses de janeiro e abril, Melgaço está entre os que mais se aplica. Com grande tradição neste prato tão apreciado, Manoel Batista espera naturalmente meses de grande êxito nos restaurantes do concelho. “A lampreia de Melgaço tem muita fama. É reconhecida pela sua elevada qualidade. É também reconhecida a qualidade dos restaurantes melgacenses em fazer com que este prato brilhe”, realçou o presidente da Câmara. “Não tenho dúvidas que este ano isso irá uma vez mais acontecer”, acrescentou.

 

 

Para ajudar a este sucesso, a ADRIMINHO irá uma vez mais promover, nos próximos dias, a iniciativa Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência, que conta com a colaboração dos seis municípios do Vale do Minho:  Monção; Melgaço; Caminha; Paredes de Coura; Valença e Vila Nova de Cerveira.

No Vale do Minho, a época de degustação da lampreia deverá iniciar a 15 de janeiro prologando-se até meados de abril. Dezenas de restaurantes vão servir este prato numa altura em que o fluxo de visitantes aumenta, sobretudo na restauração.

De acordo com dados recentes do Porto de Caminha, estão registadas no lado português do rio Minho 660 pesqueiras, sendo 130 estão ativas, sendo que não é permitida a criação de novas estruturas.

 

[Imagem: Print Screen Alto Minho Tv]

 

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