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Alto Minho

José Manuel Fernandes escolhido para comissão que fiscaliza reprivatização dos ENVC

25 Outubro, 2012 - 08:17

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O presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, foi escolhido pelos ministérios da Defesa e das Finanças para suceder a Francisco van Zeller na liderança da comissão de fiscalização à reprivatização dos Estaleiros de Viana do Castelo.

O presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, foi escolhido pelos ministérios da Defesa e das Finanças para suceder a Francisco van Zeller na liderança da comissão de fiscalização à reprivatização dos Estaleiros de Viana do Castelo.

A informação foi avançada à agência Lusa por fonte governamental ligada ao processo e surge na sequência da demissão de van Zeller, apresentada há precisamente uma semana, depois de críticas aos trabalhadores da empresa.

A mesma fonte acrescentou que o prazo para a entrega de propostas de compra da empresa foi alargado até 05 de novembro.

Licenciado em engenharia mecânica, José Manuel dos Santos Fernandes, de 67 anos, foi vice-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) entre 1998 e 2004.

Lidera o grupo Frezite, cuja atividade, na área do metal, além de Portugal, está presente em mais oito países europeus e também no Brasil.

Francisco van Zeller foi nomeado este mês para liderar a comissão de fiscalização à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas esteve em funções apenas cinco dias, depois de o Governo aceitar o pedido de demissão, na passada sexta-feira.

O antigo presidente da CIP afirmou, em declarações à Antena 1, que um dos problemas dos ENVC é o seu “passivo gigante”, mas considerou existir “um passivo pior”: A mão-de-obra “muito antiga, muito desatualizada e muito habituada a maus hábitos” e “um sindicato comunista muito violento” que está “enquistado” na empresa.

Os trabalhadores da empresa, assim como vários responsáveis políticos, exigiram a demissão de van Zeller, face a estas declarações.

O prazo para a entrega de propostas de compra dos ENVC deveria terminar às 11:00 desta quinta-feira, 25 de outubro.

Contudo, dado que esta comissão, constituída por mais dois elementos, dispõe de apenas cinco dias para se pronunciar sobre as propostas, o Governo aprovou alargar esse prazo em mais dez dias.

Para a última fase do processo de reprivatização dos ENVC foram convidados quatro grupos de investidores, de Portugal, Noruega, Brasil e Rússia.

Segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada a 29 de agosto, o “preço vinculativo apresentado para a aquisição das ações representativas do capital social” dos ENVC é um dos critérios de seleção da venda de 95 por cento do capital social, que será alvo de “venda direta de referência”.

O capital social dos estaleiros é composto por 5,950 milhões de ações, detidas totalmente pela Empordef, com um valor nominal, cada, de cinco euros, o que perfaz um total de 29,9 milhões de euros.

A “salvaguarda dos interesses patrimoniais do Estado”, nomeadamente no que respeita aos “fluxos financeiros” decorrentes do processo de venda e a “idoneidade, capacidade financeira, técnica e de execução” dos proponentes são também condições de seleção neste processo.

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