José Cid garantiu esta quarta-feira à Rádio Vale do Minho que nunca se esqueceu da última vez que passou por Monção.
Aconteceu em agosto de 2008, durante a Festa em Honra à Virgem das Dores.
A passagem pelo Alto Minho deixou marca no conhecido artista que, desde então, tem mostrado reflexos disso.
“Lembro-me desse concerto. De 2008 para cá escrevi e gravei vários temas sobre esta região do Alto Minho, tais como o poema Alvas Brumas do Norte, de Teixeira de Pascoaes. Gravei também o tema Sou Galego até ao Mondego e também Caminhos de Santiago, que é uma canção que canto sempre ao vivo”.
Na próxima edição da Feira do Alvarinho, José Cid vai atuar no primeiro dia do evento, 4 de julho.
“Vai ser um concerto com muita dinâmica. Muito próximo do povo do Alto Minho. É importante que as pessoas percebam que eu não venho de Lisboa para ganhar a minha vidinha e ir embora. Não é propriamente isso”, adiantou o cantor à Rádio Vale do Minho.
O alinhamento do concerto, como é evidente, permanece em segredo. Mas José Cid, confesso apreciador de vinho Alvarinho, assegura que não vão faltar os clássicos.
Conhecido por ter um cuidado extremo com a voz, José Cid lamenta que outros vocalistas não o tenham feito ao longo da carreira.
Exemplificou com Bono, dos U2, e Roger Waters, antigo vocalista dos Pink Floyd.
“A voz é a minha enxada, não é? Não tenho problemas vocais. Não posso estar engripado. Estou numa fase vocal muito boa”, referiu.
Barbosa pergunta…
Já na reta final, a Rádio Vale do Minho colocou uma questão que nos foi enviada pelo próprio Presidente da Câmara de Monção, António Barbosa: “Qual é a sensação de atingir o ponto máximo na carreira ao finalmente atuar na Feira do Alvarinho de Monção?”.
O artista sorriu, obviamente.
“Vou entregar-me de princípio ao fim. Com muita dinâmica. Muita alegria! Muita simpatia e sem grandes conversas. As pessoas querem é ouvir música. Pôr os braços no ar e bailar. Vou aí para cantar e depois, no fim, tomar um copinho de Alvarinho com o Sr. Presidente”, prometeu José Cid.
José Cid é um dos mais populares cantores portugueses. É também teclista e compositor.
Iniciou a carreira em 1956, com a fundação de Os Babies, agrupamento musical especializado na interpretação de músicas de outras bandas.
A fama chegou-lhe durante a década de 60, inicialmente através da sua participação como teclista e vocalista no conjunto Quarteto 1111.
Concorre ao Festival RTP da Canção de 1974, a solo com “Uma rosa que te Dei” e com os Green Windows que apresentaram as canções “No dia em que o rei fez anos” e “Imagens”.
Com a canção “Um grande, grande amor”, vence o Festival RTP da Canção (1980) com 93 pontos. No eurofestival conquista um honroso 7º lugar, com 80 pontos, entre 19 concorrentes.
Em 2004, José Cid participou em anúncios de uma conhecida marca de chás gelados, nos quais se interpretou a si próprio, cantando e vindo do espaço, enquanto proferia a frase: “Olá malta! Tudo bem? Tá-se?”
2006 foi um ano de grande sucesso para José Cid. Trouxe a sua música aos palcos do bar Maxime, em Lisboa, em dois espectáculos com bilhetes rapidamente esgotados e um mar de gente eufórica a assistir.
Lançou um novo disco, “Baladas da minha vida”, com velhas canções regravadas de forma acústica sem recurso a computadores e dois temas novos, “O melhor tempo da minha vida” e “Café contigo”.
Continua a ser um dos cantores mais conhecidos e reconhecidos do panorama musical português.
O espetáculo de José Cid em Monção tem início as 22h30. A entrada é grátis.
A próxima edição da Feira do Alvarinho realiza-se nos dias 4, 5, 6 e 7 de julho. A primeira com quatro dias de duração.
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