João Carvalho: “Estamos mais fortes, mais influentes, mais ouvidos”

João Carvalho, administrador da Rádio Vale do Minho, mostrou-se muito orgulhoso perante os resultados da empresa durante o ano que agora termina. Recorde-se que, de acordo com os dados enviados pela Google Analytics, os conteúdos informativos [notícias, vídeos, imagens] da Rádio Vale do Minho alcançaram mais de 2 milhões de visualizações ao longo do ano. Uma liderança de audiências na região que se verifica também no próprio site da Rádio Vale do Minho que, durante 2018, registou um recorde absoluto de visitantes em 2018. Mais de um milhão, de acordo com as cifras da Google Analytics. “Há 10 anos, movido pelo bichinho da rádio onde trabalhei na adolescência, desafiei o Miguel [Miguel Cepa, também administrador] a fazermos a nossa própria rádio”, recordou João Carvalho. “A ideia era que fosse uma espécie de TSF dos pequeninos com atualidade noticiosa, isenção e onde as pessoas tivessem opinião”, disse.

Mas não foi tarefa fácil, recorda João Carvalho cujo objetivo inicial era precisamente um que pautou o arranque do Festival de Paredes de Coura. “Queríamos fazer o que ninguém tinha ainda feito”, disparou no imediato. “Queríamos juntar três emissoras de três concelhos diferentes tornando-as numa só”. Em Monção existia a Rádio Ecos da Raia. Em Valença existia a Rádio Contrasta e em Melgaço a Rádio Melgaço. “O primeiro desafio foi convencer a ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social]. Depois tivemos de criar uma estrutura credível numa região com muitas dificuldades”, prosseguiu.

No entanto, os obstáculos surgiam uns atrás de outros. Para agravar todo o este cenário de entraves, o país mergulhou na crise. A troika tinha chegado. “Foram tempos muito difíceis. Muito complicados. Sobretudo com a rádio a perder terreno para outros meios de comunicação”, desabafou João Carvalho aos microfones da Rádio Vale do Minho.

Era necessário encontrar saídas. Olhando o exemplo de várias emissoras nacionais, a equipa percebeu que o multimédia poderia ser solução para toda esta equação que tantas dores de cabeça deu. “A internet estava no auge e o desafio era perceber se a internet matava a rádio ou se a fazia mais forte. Arriscamos. Apostamos. Olhamos para trás e vemos que estamos mais fortes, mais influentes e mais ouvidos”, considera. “São mais de dois milhões de conteúdos informativos visualizados. E todo um site que ultrapassou um milhão de visitas. Só nos resta um grande obrigado a quem gosta de nós… e a quem não gosta também”, concluiu com uma gargalhada.

[Fotografia: Direitos Reservados]