Portugal está nesta altura a ser palco daquilo que se chama de um bloom da espécie veleiro (Velella velella). O termo bloom descreve a invasão. O veleiro é toda a espécie em causa.
Segundo o observatório de organismos gelatinosos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), GelAvista, este fenómeno está a ter maior incidência no Norte e Centro do país.
No entanto, explica, não há razão para alarme. “O arrojamento de organismos desta espécie em grande número é um fenómeno natural e usual nesta época do ano”, lê-se.
“Considerada ligeiramente urticante, a veleiro não representa um perigo para os cidadãos, desaconselhando-se, no entanto, o contacto com os seus tentáculos”, recomenda.
[Fonte: GelAvista]
[Fonte: GelAvista]
Na página do Facebook do Gelavista, há registos de avistamentos em várias praias. Não são reveladas quais.
No entanto, o jornal O Minho avança que já foi registada a presença deste cnidário no Alto Minho, mais precisamente na Praia Norte, em Viana so Castelo.
[Fonte: GelAvista]
Veleiros são perigosos. Mas as caravelas-portuguesas sim
O veleiro é assim chamado por ter uma câmara flutuante e uma membrana muito semelhante a uma vela. No máximo, atinge 7 centímetros de diâmetro.
É de coloração azul, com múltiplos tentáculos curtos na sua face inferior. A colónia é mantida à superfície do oceano por uma câmara de flutuação achatada.
É uma espécie considerada inofensiva.
As mais perigosas são as caravelas-portuguesas (Physalia physalis).
O nome caravela-portuguesa deve-se à semelhança dos cnidários e as caravelas utilizadas como navios de guerra.
[Fonte: GelAvista]
Não toque nestas gelatinosas.
Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais.
Estas espécies têm células chamadas cnidócitos usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais. Os cnidócitos encontram se essencialmente nos tentáculos.
[Fonte: GelAvista]
No caso dos humanos, o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada.
Os cnidócitos permanecem ativos mesmo quando os animais estão mortos na areia da praia.
A maioria dos contactos é acidental e ocorrem na praia. Por isso, é importante que os frequentadores das praias evitem tocar nos organismos arrojados especialmente nos tentáculos.
As espécies Physalia physalis e Physalia utriculus são responsáveis por mais de 10.000 queimaduras a humanos na Australia todo verão, particularmente na costa leste, mas também ocorrendo na costas sul e oeste australiana.
Comentários: 0
0
0