O motorista do autocarro que despistou no passado sábado, em Cerdedo-Cotobade, na província Pontevedra, na Galiza, rejeitou às autoridades o excesso de velocidade como causa do acidente que provocou sete vítimas mortais. Aponta “aquaplanagem” do veículo como única causa da tragédia.
Segundo o jornal Atlántico, o condutor, com 62 anos de idade, garantiu que fez a última curva a uma velocidade “inferior a 80 quilómetros por hora”. No entanto, disse, “a água corria como uma enchente naquele ponto”.
Na sua versão, “foram as rodas traseiras” que fizeram “aquaplanagem”. “O piso ficou escorregadio e as luzes de avaria no painel de bordo acenderam-se. O veículo ficou descontrolado”. Virou para a esquerda, depois para a direita e precipitou-se no vazio sem que o condutor nada pudesse fazer.
O motorista disse também que usava o cinto de segurança. A outra sobrevivente, que prestou depoimento horas antes, também certificou que usava.
O que é a aquaplanagem?
A aquaplanagem acontece quando a água acumula à frente dos seus pneus mais rapidamente do que o peso do veículo a é capaz de deslocar. O resultado é que a água provoca uma certa pressão por baixo do pneu, criando assim uma camada fina de água entre a borracha e a superfície da estrada.
Essa camada fina de água é a diferença entre o pneu agarrar-se ao piso e o veículo perder completamente o contacto – deslizando assim de forma descontrolada. Quanto mais funda for a água, e maior for a velocidade, maior é a probabilidade de isto acontecer. Sem contacto com a estrada, o condutor não será capaz de travar ou de controlar a direção.
Queda de 29 metros
O autocarro caiu de uma altura de 29 metros. De acordo com a Guardia Civil, o motorista fez o teste de álcool e drogas e deu negativo.
O acidente ocorreu por volta das 21h20, quando o autocarro da empresa Monbus, da linha regular entre Lugo e Vigo, entrou em despiste e caiu ao rio.
O balanço final desta tragédia foi de sete mortos e dois feridos.
As investigações prosseguem.
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