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Vila Nova de Cerveira

Fundação da Bienal de Cerveira vai continuar apesar de recomendada a extinção

9 Março, 2013 - 08:53

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O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira disse que a fundação municipal que organiza a bienal de arte não será extinta, contrariamente à orientação do Governo, continuando a receber transferências da autarquia.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira disse que a fundação municipal que organiza a bienal de arte não será extinta, contrariamente à orientação do Governo, continuando a receber transferências da autarquia.

“A fundação mantém-se e a Câmara continua a fazer as respetivas transferências. Temos pareceres jurídicos apontando que está tudo bem e que as podemos fazer”, explicou José Manuel Carpinteira.

Por se tratar de uma fundação de âmbito municipal, a decisão de extinção teria sempre de passar pelos órgãos locais.

A 28 de setembro, a assembleia municipal de Vila Nova de Cerveira aprovou, por unanimidade, uma moção rejeitando a extinção da Fundação Bienal de Cerveira, contrariando uma recomendação apresentada pelo Governo.

“A não ser que saia entretanto alguma lei nova, não vemos nenhum obstáculo à continuidade e a própria assembleia municipal, que a criou, também aprovou uma deliberação no sentido de a manter”, acrescentou Carpinteira, suportando a decisão em dois pareceres jurídicos.

O autarca garantiu ainda que a próxima edição da Bienal de Cerveira – que acontece naquela vila desde 1978, de 27 de julho a 14 de setembro de 2013 – será “organizada pela fundação”.A Câmara prevê transferir para a fundação, em 2013, cerca de 200 mil euros, verba necessária para a assegurar as atividade regulares e a organização da bienal.

“Provavelmente até é pouco, face ao retorno que a bienal nos dá. Mas é aquilo que, neste momento, podemos transferir”, admitiu José Manuuel Carpinteira, que é também presidente da fundação.

Segundo dados daquela entidade, na sua última edição, em 2011, a bienal recebeu mais de 100 mil visitantes e gerou uma “receita potencial” superior a 1,4 milhões de euros.

Na sequência do relatório de avaliação a dezenas de fundações portuguesas, a fundação recebeu 33,5 pontos de um total de 100, mas a administração insiste que esse estudo foi feito “com dados insuficientes, uma vez que apenas obteve o seu reconhecimento em 2010”, tendo iniciado a atividade apenas em 2011.

“Período manifestamente insuficiente para se ter uma real fotografia da mesma”, sustenta ainda a administração.Apesar das dúvidas levantadas em 2012, a fundação continua a funcionar normalmente, nomeadamente através da Incubadora de Industrias Criativas, entretanto lançada.

Foram admitidos para incubação quatro de oito projetos que começaram a ser trabalhados há oito meses. Entretanto foi lançado um segundo concurso tendo arrancado, também hoje, novo período de pré-incubação, que vai decorrer até 15 de outubro, com uma dezena de potenciais projetos em áreas como arquitetura, design, audiovisuais, pintura e ilustração.

O objetivo, explica Carpinteira, é transformar a “vila das Artes” em sede das Indústrias Criativas.”Pretendemos ajudar as boas ideias, com o desejo que no futuro se transformem em empresas, que tenham sucesso”, disse.

Esta incubadora funciona no Fórum Cultural de Cerveira e representou um investimento inicial de 1,4 milhões de euros, permitindo aos promotores a partilha do local de trabalho e de despesas, para diminuir custos.

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