Não. Ainda não estamos em ano de eleições. E isso acaba por dar mais relevo à notícia em causa. À distância de um ano das próximas autárquicas, o Executivo Municipal de Valença soma pontos atrás de pontos em várias frentes. Ao nível do património, a Fortaleza de Valença tem sido o centro das atenções da equipa liderada por Jorge Mendes (PSD). Com o avanço da 4ª fase de Requalificação da Fortaleza, fecha-se o ciclo de intervenções no espaço público urbano do Centro Histórico. Recebeu, entre 1 de janeiro e 30 de agosto deste ano, mais de 1,4 milhões de visitantes. A candidatura do espaço já está inscrita da Lista Indicativa de Portugal da UNESCO.
Recentemente, os maiores especialistas mundiais em fortificações abaluartadas consideraram que a Fortaleza de Valença apresenta-se como um dos expoentes mundiais de fortificações abaluartadas e merece ser Património Mundial. “É o corolário da estratégia definida há seis anos, quando nos empenhámos politicamente neste objetivo”, disse o presidente da Câmara, Jorge Mendes, à Rádio Vale do Minho.
Surgem também notícias sobre o crescimento industrial no concelho. O êxito ultrapassou fronteiras e o jornal “La Voz de Galicia” foi o último periódico fora do território luso a dar conta desse facto. “É o reconhecimento do trabalho que temos vindo a realizar nos últimos anos. Não nos podemos esquecer que trabalhámos arduamente para ter um plano de urbanização da área empresarial sul que possibilitasse ter uma reserva de terreno industrial de 850 ha. Não nos podemos esquecer também que ampliámos o nosso plano de pormenor da Zona Industrial de Gandra”, recordou à Rádio Vale do Minho o presidente da Câmara. “Em tempo de vacas magras, mesmo quando a Câmara tinha muitas dificuldades financeiras nós preparámos o caminho. Tivemos de tomar opções e fizemos investimentos nestas áreas. Hoje estamos a colher os frutos e Valença é a primeira prioridade de investimento da indústrias espanholas da área do setor automóvel e da metalomecânica”, disse.
O Parque Empresarial de Valença e a Zona Industrial de São Pedro da Torre, recorde-se, têm garantidos investimentos superiores a 30 milhões de euros, nos próximos dois anos, em novas fábricas e na ampliação de unidades industriais existentes.
O mais recente anúncio de investimento é da empresa Antolin que vai reforçar a capacidade instalada com a construção de nova unidade industrial com uma área de 15.000 m2. A par deste investimento surge a nova unidade da Marsan. Estas duas unidades serão complementares e permitirão a implementação de produção em cadeia, dos dois fabricantes, com a primeira experiência do sector no Norte de Portugal e Galiza.
Já no que diz respeito a transportes, a notícia que faz sorrir valencianos e tudo à volta é motivo de conversa na cidade: o Alfa Pendular pode chegar a Valença nos próximos anos. O anúncio da modernização da linha do Minho, entre Viana do Castelo e Valença, trouxe grande contentamento à autarquia. “Claro que só podemos estar satisfeitos! Aquando da notícia do encerramento da linha do Minho fomos os primeiros, juntamente com o Alcalde de Tui, a ir para o terreno e a mostrar a nossa indignação. A partir daí parece que a região acordou. Em boa hora fizemos a luta que foi feita com o anterior Governo e também com este”, recordou Jorge Mendes à Rádio Vale do Minho. “Sempre com a mesma determinação e empenho e o facto é que os resultados estão à vista”, disse.
Impostos a cair
Fixar e aumentar a população do concelho. É este o principal objetivo da Câmara de Valença com a anunciada descida de impostos no próximo ano. Em 2017, a Câmara Municipal vai devolver às famílias valencianas 3% do IRS. As famílias com 1, 2, 3 ou mais filhos beneficiam, ainda, em Valença do IMI Familiar, que passará a ter uma percentagem fixa (20 euros, 40 euros e 70 euros). “A atividade da Câmara não se resume ao dinheiro. Precisamos de receitas para poder investir, mas o grande objetivo da Câmara é ter residentes e qualidade de vida em geral”, salientou Jorge Mendes. “Com esta política fiscal mais atrativa não só para quem investe mas também para quem queira residir no município, esperamos atrair novos residentes e manter uma dinâmica fundamental para atingir os objetivos que pretendemos”.
O anúncio desta descida de impostos acontece a um ano das próximas eleições autárquicas. No entanto, Jorge Mendes descarta desde logo qualquer carater eleitoralista nesta medida. “O Governo anterior, que era da coligação PSD/CDS-PP, aumentou os impostos e nós reduzimos. Ninguém nos pode acusar de eleitoralismo, porque esta estratégia estava definida”, sublinhou o edil social-democrata. “Estava no nosso programa eleitoral. Estamos a seguir o nosso compromisso com os cidadãos. Este é o caminho, que tem dado os seus frutos tanto na área indústria, como na área do Ensino Superior e em novos residentes”, acrescentou.
Gin Tinto e Licores saem de Valença para o mundo
Depois do lançamento do já afamado Gin Tinto de Valença, em abril do ano passado, o empresário valenciano João Guterres prendou o mundo com uma série de licores intitulados “Cantares de Portugal”. No total, sete sabores à escolha: Chocolate com Ginja; Ervas Aromáticas; Arroz Doce; Pastel de Nata; Pericos de Valença; Aguardente Bagaceira; Café Original. As encomendas, referiu a TVi24 em reportagem, chegam já de todos os cantos do mundo. Dos Estados Unidos da América ao Japão, pedem-se mais e mais licores de Valença. “Ninguém tem noção, mas há uma curiosidade lá fora por aquilo que é português e pelos sabores portugueses. Ainda não consegui fazer o licor de bacalhau”, disse João Guterres com gargalhada à mistura.
Por alturas do lançamento do Gin Tinto, o presidente da Câmara elogiou desde logo a ousadia de João Guterres. “Temos de louvar a iniciativa de um empresário que não ficou agarrado às agruras da crise. Antes pelo contrário… acabou por lançar uma inovação radical no mundo dos gins que resultou no primeiro gin tinto do mundo”, considerou Jorge Mendes. “João Guterres está de parabéns e tem da nossa parte todo o apoio para levar este projeto mais além”, disse o autarca valenciano à Rádio Vale do Minho.
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