Vila Nova de Cerveira, como hoje a conhecemos, começa em 1297 com o Tratado de Alcanizes. Um documento assinado entre o rei D. Dinis, de Portugal, e o rei D. Fernando IV, de Castela.
Em bom rigor, por parte de Castela, o documento foi assinado pela mãe do monarca, Maria de Molina, dado que aquele tinha ainda apenas dois anos de idade.
O tratado restabelecia a paz entre os dois reinos. Fixaram-se limites fronteiriços. Entre estes, o rio Minho.
Tratado de Alcanizes
[Fotografia: DR]
O monarca português não facilitava. Era necessário fortificar a fronteira do Minho para qualquer eventualidade num futuro próximo ou mais distante.
Cerveira era uma dessas terras a precisar de uma profunda requalificação. Ganhou o nome, diz-se, pela grande colónia de cervos que ali existia. Tão vasta que o cervo ainda hoje é um dos símbolos máximos do Município [está representado na bandeira].
No entanto, há também quem defenda que, nos tempos do rei D. Sancho I (1154-1211), viveu nestas terras o Primeiro Senhor de Cerveira, que nas margens do rio Minho terá tido uma faustosa casa.
Carta de Foral
Foi no dia 1 de Outubro de 1321 que o rei D. Dinis entregou a Cerveira a Carta de Foral. Um documento onde a coroa portuguesa estabelecia um concelho, comprometendo-se à sua administração, deveres e privilégios.
Feita a entrega, aquela terra até então conhecida por Cerveira, passaria a ser designada por VILA NOVA de Cerveira, a mando do rei D. Dinis.
Rei D. Dinis, de Portugal
[Fotografia: DR]
O castelo foi erguido. As fortificações foram feitas. Em boa hora tudo se realizou dado que, 300 anos mais tarde, este concelho viria a ter um papel preponderante nas Guerras da Restauração da Independência de Portugal.
Guerras da Restauração
[Imagem: DR]
A fortaleza que envolveu a vila teve o apoio de outros dois pontos fortificados: a Atalaia do Alto do Lourido e o Forte de Lovelhe.
Vila das Artes
Setecentos e dois anos depois, Vila Nova de Cerveira é conhecida no País e em todo o mundo como a Vila das Artes.
As espadas deram lugar a pincéis e as fortificações deram lugar a espaços museológicos que encantam milhares de turistas por ano.
Faz-se a Festa da História, onde o povo não esquece as origens. Celebra-se a música com o Cerveira ao Piano, e surpreende-se com o Crochet sai à Rua.
Festa da História
[Fotografia: Município VN Cerveira]
À mesa, o sável e a lampreia são quem manda nos restaurantes deste concelho que mostra mais músculo industrial a cada ano que passa.
Todos os anos há a desfolhada do milho na praça… mas também há pizzas. Há desporto e por aqui passam provas como o Grande Trail da Serra d’ Arga a decorrer este fim de semana.
Há um namoro constante com o concelho galego vizinho: Tomiño. Uma sintonia tal que deu em Eurocidade.
Com Rui Teixeira à frente da Câmara Municipal, Vila Nova de Cerveira chega este domingo aos 702 anos a dar nas vistas. Foi no passado mês de junho, recorde-se, que o concelho recebeu um grupo de potenciais investidores americanos oriundos de diferentes estados dos EUA.
Presidente da Câmara, Rui Teixeira, com grupo de potenciais investidores dos EUA
[Fotografia: Município VN Cerveira]
O crescimento do setor imobiliário, a vertente industrial e a dinâmica cultural do concelho foram os principais temas do encontro com o Presidente da Câmara.
Confira o programa detalhado das comemorações dos 702 anos
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