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Os médicos de Espanha vão ter de passar a tomar a difícil decisão de escolher quais são os doentes que internam e quais aqueles que não vão manter nos hospitais. A notícia está a ser avançada pelo Observador.
Depois de Itália, avizinha-se esta fase para o país vizinho que já conta com 20 mil infetados com o novo coronavírus (COVID-19). Perante um sistema de saúde a um passo de colapsar, os clínicos vão ter de optar por tratar “aqueles que têm maior esperança de vida, de forma a gerir a falta de recursos”, refere o mesmo jornal.
Assim, prossegue o Observador, os hospitais espanhóis passarão a evitar totalmente o “critério de quem chega primeiro é internado primeiro” e passam a tomar outro tipo de decisões, com a certeza de que “admitir um paciente pode implicar rejeitar outra pessoa que pode beneficiar mais” desse mesmo internamento.
O documento, da autoria do Grupo de Trabalho de Bioética da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Crítica e Unidades Coronárias (Semicyuc), orienta os médicos para, na altura de decidir entre um doente e outro, “avaliarem cuidadosamente o benefício do ingresso de pacientes com esperança de vida inferior a dois anos”.
[Fotografia: Ilustrativa / Direitos Reservados]
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