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Viana do Castelo

ENVC: Comissão Parlamentar de Defesa deverá visitar ferryboat “Atlântida” a 19 de junho

4 Junho, 2012 - 16:02

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Os deputados da Comissão Parlamentar de Defesa deverão visitar, a 19 de junho, o ferryboat Atlântida, construído em Viana do Castelo mas ancorado na base naval do Alfeite desde agosto, rejeitado pelo Governo dos Açores.

Os deputados da Comissão Parlamentar de Defesa deverão visitar, a 19 de junho, o ferryboat Atlântida, construído em Viana do Castelo mas ancorado na base naval do Alfeite desde agosto, rejeitado pelo Governo dos Açores.

A informação foi confirmada hoje à Agência Lusa pelo presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, José Matos Correia, que tinha apresentado esta proposta já em janeiro.

“Por questões de agenda não foi possível realizar antes, temos agora disponibilidade para a fazer no dia 19 de junho, estamos a tentar verificar a situação com todos os deputados”, explicou Matos Correia.

Aquele deputado propôs esta visita “no contexto” das audições feitas no início do ano à administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e da Empordef.

“Face ao teor da audição do presidente da Empordef”, Matos Correia entendeu que poderia “ser útil” visitar o navio fabricado. “É uma iniciativa que não é a favor nem contra ninguém, apenas uma tentativa de pôr a comissão a dar algum contributo para resolver o problema dramático dos ENVC”, admitiu na altura o social-democrata.

Recorde-se que em declaraões à Lusa, em março último, o presidente do Conselho de Administração dos ENVC adiantou que a empresa já gastou nove milhões de euros com o ferryboat “Atlântida”, apenas na manutenção e seguros, após a rescisão do contrato por parte do Governo dos Açores, em 2009.

Ancorado há quase dez meses nos Estaleiros do Alfeite (28 de agosto de 2011), o navio representa um custo anual para os estaleiros de 500 mil euros e em seguros cerca de 400 mil euros. Além disso, a empresa tem custos anuais, relativos a encargos financeiros com o navio, de 1,3 milhões de euros.

Tudo isto eleva a fatura total para 2,2 milhões de euros anuais, pelo que, segundo Jorge Camões, os ENVC já gastaram, em quatro anos, cerca de nove milhões de euros com o navio.

“Temos que sublinhar que mais de um terço do passivo da empresa [superior a 260 milhões de euros] resulta deste negócio com os Açores. É um assunto que ainda não foi resolvido pelo Governo dos Açores e o país não pode ter este tipo de postura entre empresas públicas”, criticou hoje o deputado social-democrata Eduardo Teixeira, eleito por Viana do Castelo e um dos 21 que integra aquela comissão.

O navio, com capacidade para transportar 750 passageiros e 150 viaturas, foi encomendado aos ENVC pela empresa pública Atlânticoline, detida pelo Governo Regional dos Açores, por cerca de 57,5 milhões de euros, mas acabou por ser rejeitado em 2009 por uma diferença na velocidade máxima contratada.

Segundo os estaleiros, essa diferença – cerca de um nó à velocidade máxima -, provocaria um atraso de “cinco minutos” nas ligações inter-ilhas que o “Atlântida” deveria assegurar.

Através da Atlânticoline, o Governo dos Açores tinha encomendado aos estaleiros de Viana a construção dos navios “Atlântida” e “Anticiclone”, que seriam utilizados na operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas do arquipélago.

Na sequência dessa encomenda, o executivo açoriano já tinha pago 37,3 milhões de euros quando, em abril de 2009, decidiu rejeitar o navio “Atlântida” por não cumprir os requisitos contratuais.

Essa decisão surgiu depois de terem sido conhecidos os resultados do teste de mar realizado pelo navio, durante os quais não conseguiu atingir a velocidade exigida no contrato.

Em dezembro de 2009, as duas empresas públicas chegaram a um acordo que obrigava os ENVC a pagarem 40 milhões de euros, em várias prestações, estando ainda por liquidar uma verba de cerca de sete milhões de euros.

Com este acordo, em contrapartida, os ENVC passaram a ser proprietários do “Atlântida” e dos blocos de aço que já estavam construídos para o “Anticiclone”.

A informação foi confirmada hoje à Agência Lusa pelo presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, José Matos Correia, que tinha apresentado esta proposta já em janeiro.

“Por questões de agenda não foi possível realizar antes, temos agora disponibilidade para a fazer no dia 19 de junho, estamos a tentar verificar a situação com todos os deputados”, explicou Matos Correia.

Aquele deputado propôs esta visita “no contexto” das audições feitas no início do ano à administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e da Empordef.

“Face ao teor da audição do presidente da Empordef”, Matos Correia entendeu que poderia “ser útil” visitar o navio fabricado. “É uma iniciativa que não é a favor nem contra ninguém, apenas uma tentativa de pôr a comissão a dar algum contributo para resolver o problema dramático dos ENVC”, admitiu na altura o social-democrata.

Recorde-se que em declaraões à Lusa, em março último, o presidente do Conselho de Administração dos ENVC adiantou que a empresa já gastou nove milhões de euros com o ferryboat “Atlântida”, apenas na manutenção e seguros, após a rescisão do contrato por parte do Governo dos Açores, em 2009.

Ancorado há quase dez meses nos Estaleiros do Alfeite (28 de agosto de 2011), o navio representa um custo anual para os estaleiros de 500 mil euros e em seguros cerca de 400 mil euros. Além disso, a empresa tem custos anuais, relativos a encargos financeiros com o navio, de 1,3 milhões de euros.

Tudo isto eleva a fatura total para 2,2 milhões de euros anuais, pelo que, segundo Jorge Camões, os ENVC já gastaram, em quatro anos, cerca de nove milhões de euros com o navio.

“Temos que sublinhar que mais de um terço do passivo da empresa [superior a 260 milhões de euros] resulta deste negócio com os Açores. É um assunto que ainda não foi resolvido pelo Governo dos Açores e o país não pode ter este tipo de postura entre empresas públicas”, criticou hoje o deputado social-democrata Eduardo Teixeira, eleito por Viana do Castelo e um dos 21 que integra aquela comissão.

O navio, com capacidade para transportar 750 passageiros e 150 viaturas, foi encomendado aos ENVC pela empresa pública Atlânticoline, detida pelo Governo Regional dos Açores, por cerca de 57,5 milhões de euros, mas acabou por ser rejeitado em 2009 por uma diferença na velocidade máxima contratada.

Segundo os estaleiros, essa diferença – cerca de um nó à velocidade máxima -, provocaria um atraso de “cinco minutos” nas ligações inter-ilhas que o “Atlântida” deveria assegurar.

Através da Atlânticoline, o Governo dos Açores tinha encomendado aos estaleiros de Viana a construção dos navios “Atlântida” e “Anticiclone”, que seriam utilizados na operação de transporte marítimo de passageiros entre as ilhas do arquipélago.

Na sequência dessa encomenda, o executivo açoriano já tinha pago 37,3 milhões de euros quando, em abril de 2009, decidiu rejeitar o navio “Atlântida” por não cumprir os requisitos contratuais.

Essa decisão surgiu depois de terem sido conhecidos os resultados do teste de mar realizado pelo navio, durante os quais não conseguiu atingir a velocidade exigida no contrato.

Em dezembro de 2009, as duas empresas públicas chegaram a um acordo que obrigava os ENVC a pagarem 40 milhões de euros, em várias prestações, estando ainda por liquidar uma verba de cerca de sete milhões de euros.

Com este acordo, em contrapartida, os ENVC passaram a ser proprietários do “Atlântida” e dos blocos de aço que já estavam construídos para o “Anticiclone”.

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