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Viana do Castelo

ENVC: CGTP acusa Governo de fazer “politica de faz de conta” sobre futuro da empresa

9 Junho, 2012 - 11:26

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O secretário-geral da CGTP acusou, esta sexta-feira, o Governo de levar a cabo uma “política de faz de conta” sobre o futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) face à indefinição no contrato dos navios asfalteiros.

O secretário-geral da CGTP acusou, esta sexta-feira, o Governo de levar a cabo uma “política de faz de conta” sobre o futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) face à indefinição no contrato dos navios asfalteiros.

“Primeiro não havia disponibilidade financeira, depois já havia, mas tinha que se abrir um novo concurso [para aquisição de matéria-prima], porque o outro já caducara. Agora já não é assim. Estamos a ser confrontados com uma politica de faz de conta”, afirmou o líder da CGTP, Arménio Carlos, no encerramento do oitavo congresso da União de Sindicatos de Viana do Castelo.

Em causa está um negócio de 128 milhões de euros, o único contrato firme na carteira de encomendas dos ENVC, celebrado em Outubro de 2010 com a presença na empresa do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

A construção destes dois navios asfalteiros deveria arrancar este mês e a entrega, segundo a reprogramação acordada já este ano, estava prevista para março de 2014.

Contudo, esse calendário vai ser novamente adiado devido às dificuldades alegadas pela administração da empresa na aquisição do material necessário, por estar sujeita às regras da contratação pública.

“Num quadro em que há encomendas não compreendemos como é que se continua a empastelar a procura de uma solução. Hoje, mais do que nunca, os estaleiros deixaram de ser um problema regional para ser um problema nacional”, afirmou Arménio Carlos,

Acrescentou que a CGTP vai contestar a anunciada privatização da empresa, até porque “não se pode vender aquilo que é uma jóia da região, que tem de estar no quadro da intervenção empresarial do Estado”.

Para Arménio Carlos está mesmo em curso uma “política do desgaste” em torno da empresa.

“Fazendo passar para os trabalhadores e para a sociedade a ideia de que a empresa não tem futuro. Mas nós não estamos a falar de uma empresa qualquer e vamo-nos empenhar para que hajam respostas objectivas para resolver o problema”, afirmou ainda.

O Ministério da Defesa estima que até final do mês esteja concluído o caderno de encargos para logo depois ser lançado o concurso público internacional para a reprivatização dos ENVC.

Nesta altura, há investidores do Brasil, China e Rússia interessados na empresa, que conta com 630 trabalhadores e um passivo acumulado superior a 260 milhões de euros.

“Não basta falar do mar, é preciso acompanhar com actos e politicas. Nós não nos vamos calar e vamos colocar na ordem do dia a necessidade deste Governo dar uma resposta ao problema dos ENVC”, garantiu Arménio Carlos.

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