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Alto Minho

Eleições/Distrital PSD: Eduardo Teixeira acusa Morais Vieira de alheamento das concelhias

19 Dezembro, 2015 - 21:40

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Antigo líder da distrital apresentou este sábado, em Monção, ‘uma candidatura para todos, inclusiva, para bem do partido e com grande ambição’.

Eduardo Teixeira quer uma distrital vianense do PSD mais próxima das concelhias do partido. O candidato reuniu este sábado, em Monção, com militantes e apoiantes da candidatura. Perante uma sede concelhia completamente cheia, o antigo deputado na Assembleia da República não poupou críticas aos últimos dois anos, liderados por Carlos Morais Vieira. “Vendo hoje o apoio que tenho tido das várias concelhias, [Carlos Morais Vieira] não estava bem preparado ou não esteve com muita disponibilidade para andar pelos concelhos do distrito”, lamentou Eduardo Teixeira à rádio Vale do Minho. “Mas às vezes nem é preciso ser o próprio líder da distrital a fazer isso! A distrital tem muitas pessoas, mas não tem ninguém de Monção e deveria ter”, continuou. De baterias apontadas ao adversário, Eduardo Teixeira mostrou-se preocupado com a passividade de Morais Vieira perante cenários verificados em três concelhias do distrito. “Em Vila Nova de Cerveira, uma das queixas é a de que há dois anos que ninguém do partido vai lá. Isto não pode acontecer! O PSD tem de ser um partido construtivo, atuante e em que os problemas sejam resolvidos”. Outro dos casos apontados pelo candidato sucedeu em Paredes de Coura onde “o presidente da Comissão Política de Secção [José Augusto Caldas] demitiu-se poucos meses após ter sido eleito. Algo de mal vai ali e é sinal de que não devia ter sido candidato”. A terceira situação, contou ainda Eduardo Teixeira, está a acontecer num concelho “que não quero aqui dizer o nome porque somos poder autárquico lá. Há mais de três anos que não fazem eleições [para a concelhia]! O mandato já está vencido há mais de um ano!”, revelou. “Se eu for eleito presidente da distrital de Viana do PSD, marcarei rapidamente eleições para que se corrija esse problema. Só teremos legitimidade lá fora se tivermos legitimidade cá dentro!”, defende.
Apesar das críticas ao trabalho de Carlos Morais Vieira, o também vereador na Câmara de Viana do Castelo frisou que “esta candidatura não é contra ninguém. É uma candidatura para todos, inclusiva, para bem do partido e com grande ambição”. Eduardo Teixeira defende sobretudo que “o partido tem de ter opinião e dinamismo. Trabalhar em rede com as concelhias e criar espaço de debate cá dentro e reganhar Câmaras no distrito. Darei o meu melhor nesse sentido”, garantiu o candidato à rádio Vale do Minho.

Elogios ao PSD Monção pelo chumbo do Orçamento Municipal

No ‘berço do Alvarinho’, Eduardo Teixeira não poupou elogios à vereação social-democrata pelo recente voto dado ao Orçamento Municipal. Recorde-se que PSD e CDS-PP de Monção chumbaram no princípio do mês as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2016 apresentadas pela vereação socialista. O voto contra dos social-democratas foi essencialmente justificado pela insatisfação relativamente à transferência de verbas para as freguesias. “O PSD quis dar um papel de importância para as freguesias. De privilegiar o mundo rural. Não é por 75 mil euros que se faz de uma Câmara Municipal um leilão!”, lamentou Eduardo Teixeira. “O PS sabia que a barreira que o PSD admitia para viabilizar o orçamento era 1 milhão e 500 mil euros. O PS sabia da necessidade da aposta no mundo rural que é para nós muito importante! Somos um partido de base local e temos de ter essa noção de realidade no futuro”. [Leia também: https://www.radiovaledominho.com/#!news-26069]
O Município de Monção vai, assim, entrar no próximo ano em cenário de gestão corrente. À semelhança do que aconteceu há dois anos, a autarquia assumirá apenas o pagamento de vencimentos, dívidas e contas.
A discussão do próximo orçamento deverá ocorrer em janeiro. A ser aprovado, seguirá depois para Assembleia Municipal a ter lugar no mês seguinte.

Mais força feminina no partido

A sede concelhia do PSD de Monção encheu na noite deste sábado mas, previsivelmente, foram os homens que estiveram em maior número na plateia. A rádio Vale do Minho contou os presentes e fez as contas. Quis o ‘acaso’ que a Lei da Paridade entre o público tivesse sido cumprida ‘com régua e esquadro’: 33,4% de mulheres. Claro que a lei propriamente dita não se aplica nestas circunstâncias, mas Eduardo Teixeira defende a representatividade feminina no partido. “Por isso é que, entre os meus mandatários, tenho nomes como Helena Ramos, vereadora na Câmara Municipal de Paredes de Coura, e Maria João Pires, empresária de Vila Nova de Cerveira”, concluiu.
De referir que, atualmente, as mulheres presidem a apenas 23 das 308 câmaras do país. Entre elas, mais de metade são do PS (partido mais votado nas eleições autárquicas de 2013). No total nacional, a percentagem de mulheres eleitas para liderar executivos municipais foi de 7,46%.
O PS alcançou a presidência de 150 câmaras, colocando 12 mulheres à frente de executivos municipais. O PSD, entre os 86 presidentes de câmara eleitos, colocou apenas duas mulheres. A coligação entre o PSD e o CDS-PP elegeu uma mulher em Rio Maior, entre 16 presidentes de executivos camarários. A CDU conquistou 34 municípios, dos quais seis são presididos por mulheres. Já os grupos de cidadãos conquistaram 13 câmaras municipais, elegendo uma mulher em Anadia e outra em Portalegre.
As eleições para os órgãos distritais do PSD estão marcadas para o próximo dia 31 de janeiro. As urnas vão funcionar entre as 14h00 e as 21h00.

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