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Alto Minho

Dispositivo naval da Marinha reforçado com duas corvetas até final do ano

1 Novembro, 2012 - 10:23

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A Marinha vai voltar a contar, até dezembro, com um dispositivo de seis corvetas após a conclusão das reparações em dois navios, em curso há vários meses, disse à Lusa fonte daquele ramo das Forças Armadas.

A Marinha vai voltar a contar, até dezembro, com um dispositivo de seis corvetas após a conclusão das reparações em dois navios, em curso há vários meses, disse à Lusa fonte daquele ramo das Forças Armadas.

É o caso do NRP (Navio da República Portuguesa) Jacinto Cândido, que já leva 42 anos de serviço na Marinha, e que volta a integrar o dispositivo naval a 23 de novembro, após uma reparação corretiva de várias avarias de cerca de três meses, realizada no Arsenal do Alfeite.

A 14 de dezembro será concluída a revisão intermédia do NRP João Roby, ao serviço da Marinha desde 1975 e alvo de uma intervenção, igualmente no Alfeite, que arrancou em abril deste ano por cerca de seis milhões de euros e possibilitará a operacionalidade do navio até 2016.

“Teremos mais duas corvetas disponíveis, o que vai permitir uma maior flexibilidade na rotatividade dos meios, ficando por isso mais próximo do ótimo. Ficará melhor, mas o ideal continua a ser termos oito navios ao serviço”, explicou fonte oficial da Marinha.

Em causa estão navios com 85 metros de comprimento e uma guarnição de cerca de 70 marinheiros que asseguram missões de busca e salvamento, vigilância e fiscalização das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva.

Desde setembro que a Marinha está a operar este dispositivo naval de patrulhamento e socorro com apenas quatro corvetas, de cerca de 40 anos, além do novo patrulha, construído em Viana do Castelo, que já soma mais de 1.500 horas de serviço.

Isto corresponde a um total de meios abaixo do “mínimo” de oito navios com que a própria Marinha reconhece que deveria operar, de forma a “harmonizar” as missões de interesse público que assegura na área do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, entre outros problemas.

“As dificuldades de se estar a utilizar um navio com 40 anos prendem-se com aspetos relacionados, por um lado, com obsolescência de alguns sistemas e equipamentos, por outro, com a inerente fadiga estrutural de todo o navio”, admitiu a fonte.

A mesma fonte acrescentou, contudo, que o Sistema de Gestão de Manutenção da Marinha “acompanha os navios ao longo do seu ciclo de vida, normalmente várias décadas, e permite, em concreto, prolongar a vida deste navio por mais uns anos”, até tendo em conta que “a análise de risco efetuada considera que o mesmo pode ser utilizado em segurança”.

Ainda segundo a Marinha, já em 2013 uma das atuais quatro corvetas em serviço também terá de entrar em manutenção, pelo que o dispositivo naval voltará a ser reduzido.

Nesta altura, a Marinha aguarda a entrega, pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, do segundo patrulha, o NRP Figueira da Foz, o que deverá acontecer no próximo verão.

Contudo, a construção dos restantes seis navios e cinco lanchas de fiscalização costeira foi revogada pelo Ministério da Defesa Nacional, tendo em conta os encargos da encomenda e o facto de a empresa estar em processo de reprivatização, a concluir até final do ano.

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