A Câmara de Monção adjudicou por 313 mil euros a construção de uma central geotérmica que vai aproveitar os recursos do parque termal e assegurar as necessidades energéticas nos equipamentos municipais.
O anúncio do contrato foi feito hoje à agência Lusa pelo presidente da autarquia, José Emílio Moreira.
Trata-se de uma obra que deverá estar concluída num prazo de 210 dias e que prevê a construção de uma central e de uma subestação na margem esquerda do rio Minho.
“Estamos convencidos de que este investimento será rapidamente devolvido através das poupanças geradas nos próximos anos. Temos recursos para aproveitar e não podíamos esperar mais, porque as restantes fontes de energia estão muito caras”, explicou José Emílio Moreira.
O objetivo passa por colocar esta central a “alimentar”, sem custos, os equipamentos coletivos municipais existentes junto ao parque termal da vila, como o balneário termal, o complexo de piscinas ou ainda os balneários do previsto parque desportivo, entre outros.
Estudos de viabilidade económica e ambiental concluíram que esta central geotérmica “assegurará maior racionalidade e eficiência energética, gerando uma poupança na ordem dos 50 por cento e uma substancial diminuição de emissão de CO2”.
“Será também um instrumento de poupança que, numa segunda fase, poderá ser alargado a outros edifícios, como hotéis, a Santa Casa da Misericórdia ou os bombeiros. O potencial existe”, afirma José Emílio Moreira.
A autarquia decidiu avançar com esta obra mas ainda aguarda a aprovação de uma candidatura a fundos comunitários pelo que, para já, o investimento será concretizado com recursos próprios do município.
A exploração das potencialidades termais de Monção é secular, com a água a brotar, no balneário, a temperaturas de 49,5 graus centígrados, sendo indicada para o tratamento de diferentes patologias respiratórias e osteoarticulares, do sistema nervoso, dermatológicas, musculares, imunitárias e digestivas.
Comentários: 0
0
0