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Viana do Castelo

Cáritas já apoiou este ano 2.873 pessoas e 115 novas famílias

11 Outubro, 2011 - 07:34

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A Cáritas de Viana do Castelo registou, este ano, 115 novas famílias a pedirem apoio social e atendeu até setembro 2.873 pessoas, avançou à Lusa a direção da instituição, admitindo estar "no limite" da capacidade.

A Cáritas de Viana do Castelo registou, este ano, 115 novas famílias a pedirem apoio social e atendeu até setembro 2.873 pessoas, avançou à Lusa a direção da instituição, admitindo estar "no limite" da capacidade.

"Estamos a falar de pessoas que chegam até nós em situação dramática, normalmente porque perderam o emprego. Estão em desespero porque receberam a carta de despejo, ou porque lhes cortaram o gás para fazer a comida dos filhos ou nem comida têm", explicou o coordenador da Cáritas Diocesana.

Segundo José Machado, até 30 de setembro, a Cáritas apoiou, em todo o distrito de Viana do Castelo, 966 famílias, num total de 2.873 pessoas.

"E temos 115 novas famílias que solicitaram apoio. É um número preocupante e estamos a ultrapassar todos os nossos limites, tanto mais que o pior ainda está para vir, que são os três últimos meses do ano", acrescentou.

Em todo o ano de 2010 foram apoiadas pela instituição 1.402 famílias, o equivalente a 3.554 pessoas, totalizando 25.743 euros em apoios sociais.

"Atualmente, já vamos com 35 mil euros de apoios concedidos. O que nos vai ajudar será o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo, no valor de 20 mil euros, que está para chegar", admite José Machado.

Em setembro, a instituição viu-se ainda confrontada com "imensos" pedidos de apoio na aquisição de livros escolares e só num mês comparticipou essas compras com mais de 500 euros, junto de famílias carenciadas.

Da oferta de géneros alimentares e outros bens à ajuda no pagamento de eletricidade, gás e água ou até mesmo nas rendas de casa, o apoio da Caritas é pedido um pouco para tudo.

"Só este ano estamos a ajudar 28 famílias a pagar a renda de casa, para evitarem ser despejadas. Claro que estes apoios, que pagamos diretamente, só são dados depois de consultada a Segurança Social, as paróquias e até as Juntas de Freguesia", esclarece.

Segundo a Cáritas, o concelho de Viana do Castelo, pela dimensão, é "o mais problemático", em particular o vale do Neiva onde, entre Barroselas, Vila de Punhe e Mujães, a instituição tem recebido vários pedidos, fruto do encerramento de várias unidades familiares.

"A situação está muito complicada para estas pessoas e para a nossa capacidade de apoio, que está no limite. E ainda falta saber como será com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que se confirmarem os despedimentos podem colocar o concelho numa crise ainda mais grave", rematou José Machado.
FONTE: "Lusa"

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