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Caminha/PDM: PSD acusa CDU de «incoerência»

16 Janeiro, 2017 - 19:51

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«Só pode ter sido em nome da geringonça», lamentam os sociais-democratas.

O PSD Caminha acusa a CDU local de “incoerência”. Na origem da indignação dos sociais-democratas continua o novo PDM que, recorde-se, foi aprovado na última sessão da Assembleia Municipal com 20 votos a favor, 14 contra e uma abstenção. “De facto, na Assembleia Municipal o PSD é a única oposição que existe. Veja-se o discurso e a postura da CDU que demonstrou que não se revia neste PDM e que o mesmo não constituiria nenhuma mais valia. Mesmo assim votaram favoravelmente”, lamenta o PSD liderado por Liliana Silva. “Esta incoerência entre o discurso e a prática ficará para sempre colado à postura da CDU na Assembleia Municipal. Isso só pode ter sido em nome da geringonça”.
A direita caminhense mostra-se também indignada pelo facto do presidente da Câmara, Miguel Alves, “ter assumido esta matéria como vitória política, desvalorizando e mostrando indiferença pelo sofrimento de centenas de famílias. A obsessão foi tal que no final da votação até bateram palmas”.
Em nota enviada à comunicação social, os sociais-democratas referem que a maioria socialista apostou “num PDM verde, fruto da visão obsessiva do vereador do pelouro do urbanismo, totalmente apoiado pelo presidente da Câmara. Desta forma, consideraram legítimo desvalorizar gratuitamente terrenos de centenas e centenas de munícipes, que desta forma viram terrenos de 4000 euros ficarem a valer 400. Com este PDM chegaram ao cúmulo de retirar sem critério e sem rigor, de área de construção zonas já infraestruturadas e prontas para serem construídas”.
Inconformada, a direita caminhense sublinha que “a população não foi respeitada nem ouvida e mais de 70 % das reclamações não foram atendidas”. Desta Assembleia Municipal também sobressaiu, para o PSD, “o facto de alguns presidentes de junta, apoiantes da maioria, que tiveram reclamações desfavoráveis, acabaram por votar favoravelmente” o novo PDM.
A oposição «laranja» continua sem poupar nas críticas à esquerda e considera mesmo que “o PS mostrou-se incomodado, em plena Assembleia Municipal, pelo facto do PSD ter escrito uma carta aberta a toda a população dirigindo-se aqueles que teriam responsabilidades na votação. O PSD escreveu esta carta aberta de forma transparente, mostrando às pessoas a sua visão sobre a matéria”. “O PS não gostou de tanta transparência. Mas perguntamos: o que pensarão do facto do vereador Guilherme Lagido, já depois do PDM estar fechado e concluído, e antes da Assembleia, ter feito uma reunião à porta fechada com cada presidente de junta e apelado ao voto no PDM , ou então , para se absterem. Isto é que é a transparência do executivo?”, questiona o partido liderado por Liliana Silva.
O PSD deixa ainda “nota da debandada da bancada do PS, que tiveram de recorrer a mais de três deputados suplementes, por vias da ausência de alguns, talvez por estarem contra o PDM e não o quererem aprovar”. “Será que estes jovens deputados suplementes do PS conheciam este PDM?”, perguntam os sociais-democratas. “Será que sabiam o que estavam a votar? Será que se lhe colocarem perguntas sobre o documento que ajudaram a aprovar eles saberão responder ? Pois, mas com esta atitude de seguidismo partidário aprovaram um documento que irá prejudicar centenas de famílias do nosso concelho”.

PS: Novo PDM é “amigo do investimento e do património natural”

Para os socialistas de Caminha, o novo documento estratégico traduz-se num PDM “amigo do investimento e do património natural, que permite também acomodar de forma equilibrada um eventual crescimento da população da ordem das 10 mil pessoas, durante a próxima década”.
A Proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Caminha tinha sido aprovada em reunião de câmara a 21 de dezembro de 2016. Com 21 anos, “o anterior PDM encontrava-se completamente ultrapassado, desadequado à realidade e à estratégia do concelho e fora da lei, uma vez que, por imperativo legal, deveria ter sido revisto há mais de 10 anos”, recorda a edilidade caminhense. O processo de revisão só começou em 2006, não tendo sido concluído pelo anterior Executivo. “Com a aprovação deste PDM pela Assembleia Municipal, a Câmara cumpre a lei que, como referimos, estava a ser violada de há 11 anos para cá”. “Desde logo, é importante sublinhar que o novo PDM prevê zonas de construção por utilizar que acomodam a possibilidade de a população do concelho de Caminha crescer em 10 mil habitantes nos próximos anos”, refere a autarquia em nota de imprensa. Já o presidente da Câmara, Miguel Alves, salienta que “isso é revolucionário porque segundo os números do INE a população do concelho diminuiu 2,6% entre 2001 e 2011 (a maior descida desde o 25 de abril) e entre 2011 e 2014 (últimos números conhecidos) diminuiu mais 2.4%, sendo imperioso ajustar o PDM às novas realidades e inverter o ciclo de perda populacional que a ausência de estratégias dos últimos anos provocou”.

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