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O PSD Caminha considera que o Orçamento Municipal para 2020 é “vazio e irreal”. O documento, com um valor global próximo dos 23 milhões de euros, foi aprovado pela maioria socialista na Câmara Municipal mas contou com os votos contra dos vereadores sociais-democratas.
“Este documento segue a linha de rigor, contenção e adequação à realidade de exercícios anteriores”, considera o PSD. “Ora, se se pensar que os anteriores exercícios financeiros consubstanciaram-se em prejuízos de milhões de euros, e levaram o Município de Caminha ao caos logo se percebe que não existe rigor nem qualquer contenção, também neste documento”, atira a vereação laranja.
A direita caminhense fez contas e alerta sobretudo para um Orçamento onde “existe a manutenção da despesa corrente avultada, não estão contempladas as dívidas do Município , nem os dois empréstimos que irão pedir para tentarem fazer face ao estado de falência em que se encontra atualmente a Câmara Municipal de Caminha”.
Um cenário que leva o PSD desde logo a concluir que o documento é “irrealista”. Alertam para o aumento do quadro de pessoal no Município. Mais de 45 funcionários, dizem. “Algumas pessoas e funções são de facto necessárias, no entanto
existem muitas funções que não fariam falta”.
“Devaneios políticos” que saíram caro
Sem palavras brandas, o PSD recuou até 2014 “quando o sr. Presidente da Câmara decidiu reduzir a receita do IRS, do IMI e da fatura da água”. Medida que a direita não viu com bons olhos na altura e “com isso terão perdido verbas que permitiriam o equilíbrio financeiro das contas públicas”.
Mas, para o PSD, as consequências são hoje ainda piores. “Por via destas más decisões são, agora, os caminhenses chamados a pagar os devaneios políticos. As pessoas agora pagam o IMI a dobrar, retêm mais IRS em favor do Município e terão de pagar faturas de água e recolha de resíduos sólidos avultadíssimas”, lamentam os sociais-democratas lançando ainda o aviso de que “a fatura da água ainda irá aumentar mais”.
“Mesmo em estado de falência, uma verba avultada para assessorias”
Em síntese, a direita considera que este é um Orçamento onde “não existe estratégia nem preocupação para e com o concelho”. O PSD abre fogo cerrado sobre o presidente da Câmara, Miguel Alves (PS) e aponta um documento que “mantém, mesmo em estado de falência, uma verba avultada para assessorias e festas em contralinha com a proposta de redução de verbas na área da limpeza urbana”.
No setor social, o investimento é “fraco ou quase nulo”. “Quem mais precisa continuará a não ter apoios dignos de uma autarquia que se diz amiga das famílias”, lamenta o PSD que termina a acusar Miguel Alves de, com este Orçamento, “pretender somente fazer jogo político, não se adaptando à realidade económica e social do concelho”.
O documento segue para a Assembleia Municipal em data ainda a anunciar.
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