[atualizada segunda-feira 17 janeiro 2022 10h00 – com mais informação]
O PS Caminha acusa a coligação de direita no concelho (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM) de “degradar o debate democrático e de atacar as freguesias”. Em nota enviada este sábado à imprensa, os socialistas lamentam que a direita caminhense esteja a optar pela “tática do insulto e do tumulto usada pela Direita na Assembleia Municipal de Caminha”.
“O comportamento que o PSD e a sua coligação têm tido na Assembleia Municipal de Caminha merece a condenação total do Partido Socialista. Está em curso um processo de degradação do debate democrático que o PS não deixará que avance, contando com o apoio das restantes forças políticas e dos Presidentesde Junta do concelho de Caminha”, lê-se na nota enviada.
“A vozearia, os insultos dirigidos aos eleitos e às instituições, o permanente atropelo ao regimento e a tática de desestabilização do curso dos trabalhos com constantes interrupções sem fundamento, são sinais claros de que a direita desistiu de debater problemas e soluções para a população e de que escolher a lama em detrimento é o lema da sua campanha”, considera o PS.
Para a direita, dizem os socialistas, “o concelho deixou de estar em primeiro”.
No entanto, considera ainda a concelhia presidida por Rui Lages, “o problema (…) não está só nos insultos e desrespeito que a bancada de direita tem para com a Assembleia. O problema maior está nas ideias que querem fazer passar”.
Na origem deste desagrado, explica o PS Caminha, estão as opções tomadas pela coligação de direita durante a sessão da Assembleia Municipal de Caminha realizada esta sexta-feira.
“Ontem, por exemplo, a esmagadora maioria dos deputados da coligação votaram a favor (ou abstiveram-se) do fim das transmissões online das sessões da Assembleia de modo a privar centenas de pessoas de acompanharem a dialética política local”, lamenta o PS.
“Ontem, a coligação não votou a favor do mapa de pessoal que prevê a abertura de vagas para reforço das escolas, das equipas de limpeza de espaços verdes e jardinagem e a solução para grande parte do problema do trabalho precário no Município. Ontem, a direita (pasme-se!) não votou a favor do empréstimo de curto prazo que permite antecipar para o primeiro trimestre do ano, o pagamento de toda a receita corrente que a Câmara transfere para as freguesias!”.
A concluir, os socialistas consideram que a coligação de direita está a usar um “estilo acintoso” e de mostrar uma “substância que está mais próxima das ideias da extrema-direita do que o PPD/PSD que ajudou a construir a democracia em Portugal”.
Em última linha, o PS garante que “está atento e tudo fará para não deixar passar os radicais da coligação que querem degradar o ambiente e o debate político no concelho de Caminha”.
A Rádio Vale do Minho já ouviu Jorge Nande, deputado da coligação de direita na Assembleia Municipal de Caminha. Optou por não fazer quaisquer comentários.
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