A Câmara de Caminha disponibilizou hoje transporte e apoio à família do pescador daquele concelho que estava desaparecido desde abril e cujo corpo foi encontrado quarta-feira ao largo de Aveiro, disse à Lusa fonte municipal.
“A Câmara está a prestar apoio, tendo disponibilizado uma psicóloga do município e transporte para a família ir até Aveiro fazer o reconhecimento do corpo, se o entenderem”, explicou a mesma fonte.
“Se for necessário”, a autarquia admite apoiar igualmente o processo de trasladação do corpo do pescador para Caminha, através do gabinete de Ação Social do município.
O pescador, de 45 anos, estava desaparecido desde 27 de abril e foi encontrado na quarta-feira, ao largo de Aveiro, pela tripulação de um navio mercante, conforme confirmou à agência Lusa, no próprio dia, fonte da Marinha.
O corpo foi avistado por um navio de carga, pelas 19:07, a 11 quilómetros da costa de Aveiro, tendo a tripulação alertado o Capitania daquele porto.
“Imediatamente saiu uma lancha salva-vidas com pessoal do Instituto de Socorros a Náufragos e da Polícia Marítima de Aveiro, que recuperaram o cadáver”, confirmou à agência Lusa o comandante da Capitania do Porto de Caminha.
Segundo Gonzalez dos Paços, a identidade do pescador, residente em Moledo, concelho de Caminha, foi confirmada através do colete salva-vidas, que “envergava” e que tinha o seu nome, mas também por documentos de identificação que foram encontrados nas roupas.
“Com o auxílio de psicólogos da Câmara de Caminha, a família já foi avisada”, acrescentou Gonzalez dos Paços.
O pescador foi dado como desaparecido no sábado, 27 de abril, pelas 08:00, depois de a sua embarcação “Ana Lídia”, com cerca de seis metros de comprimento, ter sido encontrada submersa junto à costa de Caminha.
Foi visto pela última vez por outros pescadores entre as 00:00 de sexta-feira (26 de abril) e a 01:00 de sábado e as buscas realizadas nos dias seguintes, em mar e no rio Minho, envolvendo meios portugueses e espanhóis, terminaram sem qualquer resultado.
O homem estava a pescar sozinho, tendo a embarcação sido localizada em águas pouco profundas, juntamente com as redes de pesca.
Na altura do desaparecimento, o mar tinha ondas de cerca de três metros de noroeste e registava-se vento nordeste de cerca de 26 quilómetros por hora.
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