Até 31 de agosto, nas praias entre a foz do Rio Minho e o Forte do Cão, no concelho de Caminha, estão a ser implementadas medidas para garantir a reprodução do borrelho de coleira interrompida, uma ave em vias de extinção, que nidifica nos areais dessas praias.
Recorde-se que, já no ano passado, foi implementado um projeto para proteger esta espécie de aves e que, segundo o vereador com o pelouro do ambiente, foi um sucesso. Em 2011, foram encontrados quatro ninhos de borrelho na praia de Moledo, que foram sinalizados e protegidos com um gradeamento para evitar danos até a eclosão dos ovos.
Flamiano Martins confirma que não houve registo de ninhos destruídos devido a causas humanas.
O borrelho é uma ave que põe os seus ovos em pequenas covas feitas na areia, a partir do mês de abril. Isto quer dizer que os ovos podem ser pisados pelos utilizadores das praias, destruídos pelos tratores que limpam as praias ou por animais.
Em parceria com várias entidades ligadas ao ambiente, as medidas que estão a ser implementadas consistem na colocação de gaiolas de proteção nos ninhos e na delimitação da área envolvente, de forma a evitar o seu pisoteio e a perturbação das aves.
A violação do perímetro de segurança, bem como a sua captura, abate ou detenção dos respetivos juvenis, faz incorrer o seu autor em contraordenação punível com coima pela entidade competente pelo domínio marítimo.
As medidas de proteção vigoram até dia 31 de Agosto em duas praias de Caminha.
De salientar que o borrelho de coleira interrompida é o símbolo do Parque Natural Litoral Norte, em Esposende.
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