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Alto Minho

Autarca acusa Defesa de “lesar interesse público” na reprivatização dos Estaleiros de Viana

25 Outubro, 2012 - 11:07

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo acusou hoje o Ministério da Defesa de “lesar” o interesse público na gestão do processo de reprivatização dos estaleiros da cidade face “às peripécias” já verificadas.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo acusou hoje o Ministério da Defesa de “lesar” o interesse público na gestão do processo de reprivatização dos estaleiros da cidade face “às peripécias” já verificadas.

“Temos assistido a um processo pouco transparente por parte do Ministério da Defesa, que até agora não o soube gerir com sentido de Estado e na defesa do interesse público”, afirmou à agência Lusa José Maria Costa (PS).

O autarca reagia desta forma à nomeação do presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, para suceder a Francisco van Zeller na liderança da comissão de fiscalização à reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

“Respeito as opções do Governo, mas estou muito preocupado com a situação dos estaleiros e com a sua viabilização, face a todas as peripécias de um processo desgastante e à tentativa de desvalorização da empresa”, disse ainda.

“Todo este processo tem sido lesivo do interesse público”, sustentou o socialista que lidera a Câmara de Viana do Castelo.

A nomeação de José Manuel Fernandes – também antigo vice-presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) – pelos ministérios das Finanças e da Defesa foi confirmada à Lusa por fonte governamental e surge na sequência da demissão de van Zeller, apresentada há precisamente uma semana, depois de críticas aos trabalhadores da empresa.

A mesma fonte acrescentou que o prazo para a entrega de propostas de compra da empresa, que estava fixado em 25 de outubro, foi alargado até 05 de novembro.

O primeiro prazo terminaria a 12 de outubro, mas foi adiado, segundo fonte do ministério da Defesa, em função do pedido apresentado pelas empresas convidadas a apresentarem propostas nesta última fase da reprivatização.

Estão na corrida à alienação de 95 por cento do capital social dos ENVC quatro grupos de investidores, de Portugal, Noruega, Brasil e Rússia.

Francisco van Zeller foi nomeado este mês para liderar a comissão de fiscalização à reprivatização dos ENVC, mas esteve em funções apenas cinco dias, depois de o Governo aceitar o pedido de demissão, na sexta-feira.

O antigo presidente da CIP afirmou, em declarações à Antena 1, que um dos problemas dos ENVC é o seu “passivo gigante”, mas considerou existir “um passivo pior”: A mão-de-obra “muito antiga, muito desatualizada e muito habituada a maus hábitos” e “um sindicato comunista muito violento” que está “enquistado” na empresa.

Os trabalhadores dos ENVC, assim como vários responsáveis políticos, exigiram a demissão de van Zeller, face a estas declarações.

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