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Monção

Artesãs da Póvoa ficaram encantadas com tricotadeiras da “magnífica Monção”

27 Setembro, 2023 - 12:30

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Encontro de Tricotadeiras de Monção.

“Existe um grupo de Mulheres que, com frequência, se encontram para tricotar na magnífica Monção”, começam por contar as artesãs do Lavorada – Festival dos Lavores, nas redes sociais.

 

São da Póvoa de Varzim. Marcaram presença, no passado fim de semana, na 2ª edição do Encontro de Tricotadeiras de Monção.

 

“Pensei genuinamente que iria ver tricotar, tricotar camisolas, tricotar meias, enganei-me”, confessa uma das responsáveis. “Estas mulheres arrastam e inspiram quem as ouve a fazer o mesmo”, atestam.

 

O deslumbre das poveiras com Monção ganhou um tamanho de tal ordem que “de repente, parece que restauramos a fé na humanidade: em todo o lado vemos pessoas genuinamente boas, que sorriem, que abraçam, que ajudam, que desejam o melhor umas às outras, que aproveitam o que de melhor já têm para evoluir, tornarem-se melhores a cada dia”.

 

São “gente que ama a Terra, as gentes, o património, a preservação da memória e constroem novas memórias, novos patrimónios e novas culturas”, dizem.

 

Esta iniciativa, conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, juntou cerca de três dezenas de aficionadas pelo tricô.

 

 

 

[Fotografia: Cedida à Rádio Vale do Minho]

 

 

Um dos pontos altos do encontro foi a apresentação das recém-criadas meias Deu-la-Deu. Têm assinatura de Isabel do Nascimento, mentora deste Encontro de Tricotadeiras.

 

Uma vez mais, teve como grande objetivo divulgar e preservar esta arte que está a conquistar cada vez mais aficionadas.

 

Durante a tarde houve mostra de várias peças e troca de impressões entre estas artistas.

 

As poveiras seguem nos rasgados elogios à sabedoria das monçanenses que, muito para além da linha e da agulha, “tricotavam histórias, usavam a bússola do coração e construíam, a cada passo, um projeto novo”.

 

Também houve declamação de poesia.

 

“Quando os novelos se juntaram à literatura, através dos poemas recitados pela Arcelina Santiago, percebemos que tudo faz sentido e nada, mesmo nada, é por acaso”, prosseguem.

 

De regresso à Póvoa de Varzim, estas artesãs levaram seguramente de Monção memórias muito especiais.

 

“Saímos dali com vontade de tricotar um novo projeto de vida de, a cada volta e carreira tricotadas, mudar de novelo, de padrão, de ideia, voltar atrás e recomeçar e olhar para o nosso percurso com a sensação de dever cumprido”, concluem.

 

Vale referir que deste encontro resultou também uma exposição de tricô, que estará patente na Biblioteca Municipal de Monção até ao próximo dia 6 de outubro.

 

Esta exposição está integrada nos 20 anos da Biblioteca Municipal, dentro do projeto A Arte de Tricotar e a Leitura.

 

 

 

 

[Fotografia capa: Lavorada – Festival dos Lavores]

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