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Viana do Castelo

Antigo navio-hospital Gil Eannes regressa aos Estaleiros de Viana

22 Janeiro, 2013 - 16:38

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O antigo navio-hospital Gil Eannes vai regressar em fevereiro aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), onde foi construído em 1955, para os primeiros trabalhos de docagem desde que foi transformado em museu, há 15 anos.

O antigo navio-hospital Gil Eannes vai regressar em fevereiro aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), onde foi construído em 1955, para os primeiros trabalhos de docagem desde que foi transformado em museu, há 15 anos.

O anúncio foi feito hoje pelo presidente da fundação Gil Eannes, José Maria Costa, garantindo que a partida do navio, fundeado na doca da cidade desde 1998, deverá acontecer na segunda quinzena do próximo mês.

“Será uma docagem [em seco] nos estaleiros que permitirá realizar reparações de fundo e pinturas globais, garantindo uma boa dezena de anos sem necessidade de nova operação”, explicou José Maria Costa.

Esta intervenção custará cerca de 75 mil euros e será revestida de algum simbolismo, tendo em conta a incerteza sobre o futuro dos estaleiros navais da cidade, em processo de reprivatização.

“Será uma emoção porque o navio vai voltar à casa-mãe. Para nós, era importante que fosse recuperado pelos trabalhadores dos estaleiros”, admitiu o presidente da fundação que gere o navio e que é também autarca de Viana do Castelo.

Esta operação deverá prolongar-se durante o mês de março e será a primeira parte de uma intervenção global de reabilitação de 750 mil euros, que permitirá transformar os espaços ainda não utilizados do navio na Porta de Entrada do futuro centro de mar da cidade.

“Até 2014, deveremos ter toda a reabilitação realizada, como a recuperação de camarotes e porões, que servirão para criar novos espaços expositivos, um centro de interpretação e documentação do mar e a zona de receção do futuro centro de mar”, acrescentou.

Construído nos ENVC em 1955, o Gil Eannes foi um dos maiores cartões-de-visita da empresa, dada a sua complexidade tecnológica para a época, incorporando a bordo sistemas de ar condicionado ou salas para a realização de cirurgias, entre muitas outras valências.

Desempenhou a missão de assistência médica aos pescadores da frota bacalhoeira portuguesa nos mares do norte, atividade a que se dedicou durante cerca de 20 anos.

Foi recuperado pela sociedade vianense, com o apoio da autarquia, em 1998, quando estava numa sucata para ser desmantelado.

Em quinze anos como navio-museu, foi visitado por mais 500 mil pessoas e até final de 2012 recebia anualmente milhares de jovens nas 60 camas que surgiram da reabilitação das antigas enfermarias, sendo, por isso, a única pousada de juventude flutuante do país.

Esta unidade fechou portas a 01 de janeiro de 2013, temporariamente, estando em curso negociações entre a Movijovem e a autarquia para a sua reabertura, apesar dos seus elevados custos de exploração.

Segundo José Maria Costa, a unidade deverá reabrir até abril, quando o navio regressar à doca da cidade, depois de concluída a intervenção no casco nos ENVC e tendo em conta que já existe interesse de um grupo privado em assumir a gestão daquelas camas.

“Até porque o potencial de acolhimento do navio vai aumentar com as novas funcionalidades”, sublinhou o responsável.

Com esta ligação do navio ao futuro centro de mar, que envolve a construção de novos centros desportivos de remo, vela, canoagem e surf, a autarquia pretende “valorizar” a marina de recreio e os desportos náuticos, além do próprio “turismo náutico enquanto segmento com crescente procura a nível europeu”.

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