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Desporto

Antevisão do fim-de-semana desportivo de 1 e 2 de Dezembro

30 Novembro, 2012 - 09:47

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Entramos no mês de Dezembro, em fim-de-semana especial em termos desportivos. Até parece que foi determinação a nível geral ou a coincidência foi deveras muito grande: não há campeonatos marcados para estes primeiros dias do mês de Natal, já que as diversas estruturas calendarizaram eliminatórias das respectivas Taças. Pois que viva a Taça, ou melhor, que haja Taça!

Entramos no mês de Dezembro, em fim-de-semana especial em termos desportivos. Até parece que foi determinação a nível geral ou a coincidência foi deveras muito grande: não há campeonatos marcados para estes primeiros dias do mês de Natal, já que as diversas estruturas calendarizaram eliminatórias das respectivas Taças. Pois que viva a Taça, ou melhor, que haja Taça!

Desportivo e Melgacense, já há muito arredados da Taça de Portugal, vão folgar, mas todos os restantes clubes Vale do Minho, da nossa área de influência, estarão em acção, pois trata-se da primeira ronda, quer a nível associativo, quer ainda no Inatel.
Comecemos por este nível, onde os oito clubes se vão defrontar a duas mãos, em quatro encontros. Pelos resultados verificados até ao momento e pelo facto de a eliminatória ser em duas mãos, o equilíbrio entre os confrontos tenderá a ser o tom dominante.
O campeão Longos Vales iniciará fora do seu reduto, visitando as “Cegonhas”, em Anais, o campo onde tem sentido maiores dificuldades nas épocas que leva de participação. É certo que terá hipótese em 20 de Janeiro de poder resolver a contenda, mas tal só será viável caso no jogo de Domingo obtenha um resultado equilibrado, pelo que os comandados de Fernando Guedes não facilitarão.
Nos outros encontros, um dérbi limiano (como era quase impossível não se verificar) entre Cabaços e Calheiros, com o outro conjunto de Ponte de Lima, o Cepões, a visitar o Gárcea e o Adecas a receber o Deucriste. Esta será a única das Taças a não ter decisão este Domingo sobre quem avançará rumo às meias-finais, mas nem por isso o interesse nos desfechos deixará de ser considerado.

A “nossa” Taça da Associação tem os trinta conjuntos em actividade, dos quais se apurarão catorze para os oitavos-de-final e um directamente aos quartos.
Debrucemo-los sobre etapas, focando, neste primeiro bloco, os do Vale do Minho. Desde logo uma particularidade que até deveria ser regra: os quatro da Honra a jogar fora de casa com clubes do escalão inferior e os três deste escalão a receberem equipas da Honra. Não terá sido de propósito, mas não deixa de ser curioso.
Curioso ainda é o facto de duas delas – Raianos e Moreira – defrontarem dois deles, respectivamente, Valenciano e Cerveira. No primeiro caso, Raianos/Valenciano, trata-se duma reedição do duelo de há três anos, em que os visitantes conseguiram triunfo tangencial. Na taça não há favoritos e ao Valenciano acrescerá ainda a menor adaptação ao pelado, factor que poderá ser aproveitado pelos monçanenses em seu benefício. O outro, Moreira/Cerveira, em idênticas situações de equipamento desportivo, será também um bom teste à capacidade dos canarinhos perante os da vila das artes. É sobejamente conhecido o diferencial de valores entre ambos, mas a taça talvez possa fazer esquecer essas diferenças.
Por sua vez, o Campos tem viagem curta até Caminha, ao Morber, enquanto o líder Courense viaja até Arcozelo, actuando em situações inversas aos hábitos de treino no que toca a pisos. Embora um e outro dos forasteiros sejam de escalão superior, não estarão á espera que essa superioridade advenha apenas do nome e do escalão, tendo que necessariamente a mostrar em campo.
Finalmente, o Castanheira será anfitrião duma das equipas desilusão da época, o Correlhã, factor que poderá motivar os comandados de Alberto Pires para se afirmarem como um dos conjuntos que poderá bater o pé aos maiores.

Num segundo bloco, menção a dois encontros – os únicos – entre equipas do escalão superior. Primeiro um Bertiandos/Neves, equipas com ambições e objectivos diferentes no campeonato, mas talvez com motivação equivalente no que se reporta à Taça. Já se encontraram no decurso desta época, embora no Alferes Pinto Ribeiro, com triunfo tangencial dos donos da casa, que marcaram apenas um golo, pelo que o cenário deixa antever um encontro interessante para as Lagoas.
O outro embate envolve as duas Vilas, com a Franca a receber a Fria, também em cenário inverso ao duelo do campeonato em que os da terra das rosas foram aos vilafrigidenses vencer. Além de jogo de taça é um dos dérbis mais apetecidos e ansiados, pelo que se espera um bom confronto em perspectiva.

Depois, há também dois encontros entre equipas do segundo escalão, com a equipa revelação, Lanhelas, a viajar até Vitorino das Donas e o novo clube de Arcos a visitar Chafé, a equipa que acabou de conquistar os primeiros pontos esta época.
Finalmente, mais seis jogos mistos com três equipas da Honra na condição de visitadas e igual número de forasteiras. Se entendermos o factor casa em conjunto com o estatuto do escalão superior como favorito, seriamos conduzidos a considerar o Paçô a ultrapassar o Fachense, tal como o Moreira de Lima a afastar os vizinhos de S. Martinho da Gandra e os tavorenses a eliminar o líder Darque. Tal, porém, não será assim tão linear e quase somos tentados a considerar eventuais desfechos contrários a estes princípios.
De forma idêntica não deveremos considerar equilibrados os restantes três encontros, pelo facto do menor qualificado jogar em casa perante os de estatuto superior. Em todo o caso, um Perre/Vitorino de Piães há que perspectivá-lo, de facto, entre conjuntos de valor equivalente e desfecho imprevisível, tal como um Ancorense/Castelense ou um duelo de equivalentes em função dos fundos das tabelas entre Águias do Souto e Lanheses.
Taça é taça e os prolongamentos se existem também podem ser utilizados, tal como o recurso à marcação de grandes penalidades se a teimosia dos empates persistir. A única certeza é que em cada um dos encontros, mais depressa ou com maior dispêndio de tempo, há que encontrar um vencedor para seguir em frente rumo à conquista do troféu. E a outra metade ficará a vociferar, em ironia, à boa maneira de muitos adeptos: “p’ró ano há mais!”.

Uma referência à Taça de todos nós, enquanto portugueses, com um Braga/Porto, versão dois, esta mesma noite na cidade dos Arcebispos, onde os arsenalistas esperam a “vingança” ou pelo menos que os dragões não repitam a dose de suprema felicidade de há cinco dias, tentando repartir o “mal pelas aldeias”, ou não fossem eles clubes tão amigos!
O detentor do troféu já não esperará facilidades, tal como há quinze dias, embora volte a utilizar o seu estádio perante o modesto Tourizense, num embate sabatino, contando-se outros, pela tarde domingueira, para terminar com novo embate entre primodivisionários no caldeirão dos Barreiros, onde Marítimo e Guimarães lutarão pela passagem aos quartos, enquanto as águias terão que aguardar mais uns tempos para saber quem os visitará.
Em todo o caso, não quebrando a hegemonia das Taças nem sendo para contradizer o que fica supramencionado, saiba que o Limianos resolveu entrar também em campo, viajando até aos flavienses, para disputar o seu encontro com o Chaves, já neste Domingo, e assim poder transitar de ano na tranquilidade do lar.
Sem campeonatos, com Taças, nem por isso deixará de haver motivos para grandes emoções. Assim sendo, como de costume, Domingo à tarde, mais cedo um bocadinho, cá estaremos para acompanhar os grandes desafios e certificar os desfechos e na Segunda, em “Prolongamento”, para os rescaldarmos, com mais pormenores.

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