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Desporto

Antevisão à jornada de 10/11 de Maio

9 Maio, 2014 - 09:48

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Acompanhe o fim-de-semana desportivo na sua rádio de sempre.

Ora vamos lá dar o apito final aos cinco campeonatos que constituíram o epicentro das nossas atenções desportivas ao longo da época. É bem certo que todos gostaríamos que a derradeira jornada provocasse uma onda de emoções bem maiores que as parcas decisões que faltam equacionar. Mas também já fomos digerindo algumas amarguras e saboreando alguns proveitos e, por isso, não corremos riscos de grandes barrigadas de prazer no derradeiro dia das campanhas. Em todo o caso, há ainda motivos de ansiedade em decisões e muito interesse, que mais não seja, por bons espectáculos de bola.
Faremos desta vez o trajecto ascendente em termos de impacto e importância. Obviamente, num início distrital, arrancaremos pela divisão secundária, numa última jornada de expectativas diminutas face a complexidade há uma boa dezena de jornadas.
Com o título entregue ao Perre, e com este em cumprimento de calendário à beira –mar, em terras de Âncora, apropriado a um banho refrescante como prémio de tantas emoções nos vinte e nove jogos anteriores, o interesse vai apenas para os jogos Paçô/Águias do Souto e Darquense B/Vila Franca, já que do desfecho destes sairá o acompanhante na promoção. O Paçô, porque tem mais um ponto, depende da sua vitória, deixando as “rosas” murchar no limite, já que apenas espalharão seu “perfume” em caso de vitória sua e não triunfo do arcuenses. Possível será; previsível, nem tanto; imprevisível, embora possa acontecer, é não haver decisão, somente em caso de derrota do Paçô e empate do Vila Franca.
Moreira em Lanhelas na defesa do décimo posto, com probabilidades dos visitados manterem o antepenúltimo lugar com qualquer resultado, Raianos em despedida caseira perante Arcozelo, quiçá na tentativa de ficar à frente deste adversário, como conforto moral, e Castanheira em Távora, em dificuldades para evitar a lanterna vermelha, são os desafios que se colocam ao trio do Vale do Minho.
Restam Fachense/Chafé, com lugar reservado ao forasteiro e o anfitrião à espreita de ultrapassar o Moreira e Gandra/Caminha, ao contrário, com os locais em posição final definida e os visitantes em expectativa de saltar um ou dois degraus. Consumada a jornada, faremos as contas finais, o que só acontecerá lá para as dezanove de Domingo, em face da hora início de quase todos os jogos, pois apenas o Lanhelas/Moreira terá início pelas 16 horas.
Na principal, tudo decidido, pelo que apenas poderão surgir algumas danças de lugares. Firme, o campeão Cerveira despedir-se-á na Correlhã, que, curiosamente, ainda se voltarão a enfrentar no encerramento da época, desta vez com os cornelianos ainda a pensar no quarto posto, pertença do Desportivo de Monção que se vê obrigado a segurá-lo em Campos, neste dérbi último do Vale, mas tem que contar nos objectivos locais a possibilidade de ainda saltar três lugares na tabela. É claro que os do 1º de Janeiro, para consecução de tal objectivo, teriam que contar com os fracassos de Lanheses, Vila Fria e vizinhos do Courense, que se despede em casa frente a Atlético dos Arcos, num dos jogos sempre aguardados com expectativa. Já agora o Lanheses viajará até Ponte da Barca, com os locais a querer vencer para assegurar os últimos postos da metade superior a fim de atenuar a época deficitária, enquanto o Vila Fria enfrentará o Vitorino de Piães, sempre difícil de bater no seu campo. Entre os nossos, resta o Melgacense, a concluir a prova em seu reduto frente ao despromovido Darquense, que deverá tentar vitória para deixar antepenúltimo lugar (o primeiro acima da linha de despromoção) e ultrapassar o Moreira de Lima, já salvo, mas que deverá ter vida complicada no Beira-Mar onde o Castelense não deverá desperdiçar a soberana oportunidade de garantir a vice-liderança, tanto que um empate lhe é suficiente. Só a derrota dos comandados de Necas Lima poderá ceder o lugar ao Neves que, ironicamente, se despede em Bertiandos, conjunto mantido nesta divisão por via administrativa do Neves, mas que na presente época nem uma vitória por qualquer record lhes evitará a condenação.
Entrando pelo nacional de seniores, inverteram-se as tendências das anteriores jornadas, agora com o fundo definido e os topos em aberto. O Valenciano já conhece o destino distrital, mas o seu adversário Vilaverdense, ainda que no Lourenço Raimundo, poderá consolidar o topo, embora sirva apenas de consolo. O Pedras Salgadas só lhe falta conhecer o adversário com quem vai medir a manutenção, mas ao Fafe talvez a vitória ainda o possa levar ao ponto mais alto da tabela. Do Mirandela/Vianense um vai sair da hipótese de chegar ao primeiro posto ou ambos em caso de empate, sendo que haverá tranquilidade absoluta em Santa Maria/Ninense, com os barcelenses já sossegados e os famalicenses com rumo traçado na companhia dos valencianos.
Na série de subidas, os extremos tocam-se no Cruzeiro, ficando-nos a dúvida se os Limianos conseguirão impedir a festa dos “capões” de Freamunde, o que talvez fizesse gosto aos vizelenses, que esperam triunfar sobre os axadrezados, desinteressados de qualquer desfecho, bem como Guimarães que também anseia triunfar em Cesar, pelas terras da Feira. Indiferentes ou pelo menos alheados destes meandros jogarão S. João de Ver/Bragança, à espera que o calendário se cumpra.
E eis-nos chegados ao dito futebol profissional. Dois pares de jogos revestem decisões. Na tarde de Sábado, Aves, na recepção ao Ac. Viseu, e Chaves, em deslocação ao Trofense, lutam pela vaga da liguilha, mais próximo dos avenses, não só porque jogam em casa mas porque a vitória lhes bastará, enquanto aos flavienses, uma vitória só seria suficiente em conjunto com não triunfo do Aves.
Depois, no Domingo, o Moreirense terá festa em Cónegos, que poderá ser maior caso triunfe sobre o Tondela, já que juntaria promoção e título. Caso não averbe os três pontos e os consiga o Porto B em casa do único despromovido, Atlético, então a equipa B substituiria a principal dos dragões e conseguiria um título que não poderia agregar outro prémio.
E concluímos na Zon ou campeonato maior, com destaque absoluto aos menores. Ficou reservado o Sábado à tarde para as decisões em falta e que se situam no fundo da escada classificativa. Belenenses, paços de Ferreira e Olhanense são os “reis” da ronda ou aqueles onde se concentram todas as atenções. Um descerá, outro terá duras horas extras e o terceiro, simplesmente, ficará livre. Quem ficará em cada uma das situações?
Primeiro que tudo, o Belenenses não precisará de olhar outros desde que vença, em sua casa, o Arouca. Se o não conseguir, que não se queixe de algum mal. O Paços de Ferreira evitará, só por si, a despromoção imediata se, na Capital do Móvel, vencer a Académica. Ora, o Olhanense parte em pior situação, desde logo porque não depende exclusivamente de si, acrescendo-lhe o facto de se deslocar a Setúbal. Será aqui o “bom fim” do Olhanense? Irá a mobília pacense ficar picada pelo “bicho” e ficar de olhos inchados? Irão os “pastéis” de Belém tornar-se indigestos? São as três interrogações mais pertinentes da ronda derradeira. Mais interessantes que o clássico Porto/Benfica, há muito esvaziado e “despido” de importância, se bem que um clássico assuma sempre motivação, que mais não seja para os aplausos ao campeão e vencedor da Taça da Liga e lhe reiterar os desejos de felicidades para as restantes, mormente para Turim, servindo este encontro de treino forte. Como seria tão belo concretizar estas ideias! E a despedida traz-nos ainda um dérbi minhoto com Guimarães e Braga, esta época igualados na “desgraça”, bem como outro lisboeta entre o Leão a despedir-se em seu covil frente à equipa sensação da época – o Estoril.
E pronto. Será, por assim dizer, o último grande fim-de-semana em matéria desportiva, pelo menos em quantidade. Desfrute-a connosco, depois da sesta dominical, lá para as quatro e meia da tarde.

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