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Alto Minho: Liliana Silva aponta “desigualdades” na redução de tarifas e expansão da rede de transportes

31 Março, 2019 - 18:11

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Liliana Silva, deputada pelo PSD Alto Minho na Assembleia da República, lamentou o pouco tempo que as Comunidades Intermunicipais (CIM’s) tiveram para “andar ao ritmo do relógio do Governo”. A parlamentar […]

Liliana Silva, deputada pelo PSD Alto Minho na Assembleia da República, lamentou o pouco tempo que as Comunidades Intermunicipais (CIM’s) tiveram para “andar ao ritmo do relógio do Governo”. A parlamentar social-democrata questionava Hélder Amaral, deputada pelo CDS-PP, acerca da medida do Executivo de António Costa que prevê a redução de tarifas e a expansão da rede de transportes. Liliana Silva mostrou-se a favor da medida, porém, realçou, “o problema está na forma mas sim como está a ser posta em prática”.

“Já diz o povo, que depressa e bem há pouco quem e vejamos: Este despacho foi publicado em 31 de janeiro de 2019. Informa o mesmo que as CIM’s têm que submeter até ao dia 15 de março o plano de dotações. Ou seja, as CIM’s só tiveram cerca de um mês, para andarem ao ritmo do relógio do Governo por forma a dar reposta sobre dados para as quais, a maioria, não tinha documentação suficiente”, atirou a deputada laranja.

 

Liliana Silva: “As CIM’s só tiveram cerca de um mês, para andarem ao ritmo do relógio do Governo”

 

Em tom preocupado, Liliana Silva alertou também para uma desatualização no modo de atribuição de verbas. “Os dados são baseados em censos de 2011, sobre utilizadores de transportes públicos. Estão oito anos desatualizados”, sublinhou. “Ou seja, em zonas onde não existe oferta de transportes públicos, as populações são discriminadas em termos de verbas para aumentar e criar a rede de transportes. Se recebem menos dinheiro, mesmo precisando de mais, nada conseguem fazer”, lamentou.

Ato contínuo, debruçou-se sobre o Alto Minho “onde a verba distribuída mal chega para reduzir tarifas quanto mais para melhorar a rede de transportes. “Caminha teve direito a 19 mil euros, Valença teve 25 mil euros, Vila Nova de Cerveira 18 mil euros e Arcos de Valdevez 48 mil euros”, enumerou. A maior preocupação de Liliana Silva centrou-se neste último concelho. “Se pensarmos que só em gastos com transportes anuais, o município dos Arcos de Valdevez tem cerca de 750 mil euros ano… fazemos facilmente a comparação com os 48 mil euros que vão receber”.

 

Liliana Silva: “Se pensarmos que só em gastos com transportes anuais, o município dos Arcos de Valdevez tem cerca de 750 mil euros ano… fazemos facilmente a comparação com os 48 mil euros que vão receber.”

 

Um cenário que, para a deputada, se define numa palavra: “desigualdade”. E deu mais exemplos. “Um professor que dê aulas em Lisboa tem acesso ao passe social. E muito bem, para que se conste! Mas, um professor de Ponte da Barca que dê aulas nos Arcos de Valdevez, não tem rede de transportes que lhe assegurem os horários”, disparou. Ou seja, tem que se deslocar na sua viatura. Não tem direito a usufruir de qualquer desconto nos passes sociais. Paga o gasóleo ou gasolina e a respetiva taxa de carbono”. “E, caricato da história, financia com o pagamento da taxa de carbono, o seu colega professor, para que este possa usufruir de transportes mais baratos. É esta a intenção do governo? É esta a medida que o governo defende como sendo de todos para todos?”. A questão ficou no ar. Por sua vez, o deputado centrista concordou inteiramente com os pontos apontados por Liliana Silva.

 

[Fotografia: Print Screen AR Tv]

 

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