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Alto Minho

Alto Minho: Autarcas da região querem mais mulheres na política em 2017

8 Março, 2016 - 11:45

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No Dia Internacional da Mulher, a Rádio Vale do Minho ouviu algumas das vozes femininas mais conhecidas do palco político da região.

As autarcas do Alto Minho querem mais mulheres na política em 2017. No próximo ano realizam-se as eleições Autárquicas e, no Dia Internacional da Mulher, algumas das vozes femininas mais conhecidas do palco político da região lançaram o desafio aos microfones da Rádio Vale do Minho. “As mulheres devem fazer parte de todos os processos de decisão, tal como já fazem parte de muitas outras coisas. Isso está no horizonte do Partido Socialista, mas deve estar no horizonte de todos”, referiu Sandra Pontedeira, deputada pelo PS na Assembleia da República, eleita por Viana do Castelo.
Atualmente, as mulheres presidem a apenas 23 das 308 câmaras do país. Entre elas, mais de metade são do PS (partido mais votado nas eleições autárquicas de 2013). No total nacional, a percentagem de mulheres eleitas para liderar executivos municipais foi de 7,46%. “Ainda vemos poucas mulheres a participar na política. É importante darmos mais incentivo”, alerta Anabela Rodrigues, vereadora (PS) na Câmara de Valença. “Olhamos para as estatísticas e continuamos a verificar que as mulheres ganham ainda muito menos que os homens”, lamentou. Ainda por Valença, mas mais à direita, a vereadora Elizabete Domingues (PSD) é de opinião semelhante. “As mulheres fazem muita falta nas autarquias e não só. Somos mais ponderadas e mais sensíveis”, apontou.
À beira-mar, em Caminha, a vereadora Liliana Silva (PSD) considera que a sociedade de hoje está menos conservadora do que em outros tempos. “Desde que seja uma pessoa válida, que mostre que tem ideias e que sabe aquilo que quer para o concelho para o qual se candidata, penso que o povo vai olhar para um homem e para uma mulher exatamente da mesma maneira”, disse. “O que se tem visto por aí é que cada vez que surge uma mulher, com valor, a candidatar-se a uma autarquia tende a ganhar por maioria. É isso que tem ditado a história”.
Em Paredes de Coura, a deputada municipal Rosalina Martins (PS) é também conhecida pela sua defesa dos direitos das mulheres. À Vale do Minho, a autarca recordou que “tendo em conta que a maioria da população é feminina, essa representação deverá estar também refletida nos órgãos. As mulheres trazem uma outra dimensão e um outro olhar à política”.
Nas eleições autárquicas de 2013, o PS alcançou a presidência de 150 câmaras, colocando 12 mulheres à frente de executivos municipais. O PSD, entre os 86 presidentes de câmara eleitos, colocou apenas duas mulheres. A coligação entre o PSD e o CDS-PP elegeu uma mulher em Rio Maior, entre 16 presidentes de executivos camarários. A CDU conquistou 34 municípios, dos quais seis são presididos por mulheres. Já os grupos de cidadãos conquistaram 13 câmaras municipais, elegendo uma mulher em Anadia e outra em Portalegre.

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