“Imagem se toda a população de Portugal fosse obrigada a fugir. Não somos refugiados, fomos obrigados a sair temporariamente”. Esta foi uma das frases que marcou o discurso do presidente da Ucrânia, Vlodomir Zelensky, durante a tarde desta quinta-feira, na Assembleia da República, por videoconferência.
“Estou grato pela oportunidade”, começou por dizer o presidente da Ucrânia, deposis de receber as boas-vindas de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República.
“Já desocupámos mil lugares que foram ocupadas pelos russos até agora. Mas a quantidade de cidades que os russos têm bombardeado, destroem todas as estruturas, escolas, universidades, até as igrejas. Ucranianos foram obrigados a abandonar as suas cidades. Imaginem que Portugal todo tinha de abandonar o país.”
“Mariupol é tão grande como Lisboa e não tem uma habitação inteira. Trouxeram crematórios móveis para destruir as provas, estão a tentar encobrir os seus crimes”, garantiu.
“Tivemos duas revoluções que permitiram travar a ditadura. O vosso povo que vai celebrar o aniversário da Revolução dos Cravos sabe perfeitamente o que estamos a sentir. Sabem o que traz a morte e a ditadura para a Ucrânia”, prosseguiu Zelensky.
“Mas vão fazer isto na Moldávia, nos Países Bálticos… nós podemos parar a ditadura russa. Agradeço todo o apoio de Portugal, nas sanções contra a Rússia, e espero pela vossa posição sobre o embargo do petróleo e gás na UE”, avisou ainda o presidente da Ucrânia.
Comentários: 0
0
1