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Caminha

VP Âncora: Miguel Alves congratula-se por ter-se cumprido «um anseio antigo da população»

18 Março, 2017 - 12:11

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Lançamento do concurso que compreende a construção de uma Passagem Inferior Pedonal na Linha do Minho, na zona da Travessa do Teatro, em Vila Praia de Âncora foi realizado esta sexta-feira

O lançamento do concurso que compreende a construção de uma Passagem Inferior Pedonal na Linha do Minho, na zona da Travessa do Teatro, em Vila Praia de Âncora foi realizado esta sexta-feira, dia em que a Câmara Municipal e a IP assinaram também o respetivo protocolo. A obra vai custar cerca de meio milhão de euros.
A cerimónia decorreu num espaço municipal junto à Linha do Minho, precisamente no local onde a passagem vai nascer, na presença do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e dos secretários de Estado das Infraestruturas e do Desenvolvimento e Coesão, respetivamente, Guilherme Oliveira Martins e Nélson de Souza.
“Hoje é um dia bom para Vila Praia de Âncora. Hoje é um dia de contentamento para todos quantos gostam verdadeiramente da sua terra, de todos aqueles que sabem que se cumpriu um anseio antigo da população. Hoje, quem tem responsabilidade política e é livre, não subjugado a valores menores, comparece e alegra-se com esta enorme vitória de todos os ancorenses: hoje celebramos o protocolo que tornará realidade a ligação pedonal sob a Linha do Minho junto à Travessa do Teatro, uma vitória do povo que muitos não acreditavam ser possível”, referiu o presidente da Câmara no início da sessão.
Recorde-se que está em causa uma grande aposta a nível nacional. As obras de modernização e eletrificação da Linha do Minho, entre Nine e Valença vão custar 83,2 milhões de euros. O ministro Pedro Marques lembrou que a região espera “há décadas” por estas obras, que vão permitir, nomeadamente, reduzir o tempo do trajeto e baixar entre 20 a 30 por cento o custo médio dos fretes de carga.
Para Vila Praia de Âncora e para o concelho é um sonho que se torna realidade, depois do desinvestimento do Governo anterior na ferrovia e do corte de relações da Câmara de Caminha com a REFER, em 2013.
Nessa altura, lembrou Miguel Alves, o Município cometeu “o seu maior erro ao longo de todo este processo: optou por insultar e cortar relações com a REFER quando era com a REFER, naquele momento, com quem mais deveria dialogar para encontrar uma solução. Acabámos 2013 de relações cortadas, sem um compromisso, sem uma decisão, sem uma solução para Vila Praia de Âncora. Nada. Não havia nada acordado entre a Câmara Municipal de Caminha, a REFER ou o Governo. Mais: não havia diálogo, por vontade de quem geria o Município”.
Reatar as relações com a REFER “de modo a recuperar uma relação institucional ferida pelas ofensas e pelo corte de relações”, já que estava em causa o bom nome de Vila Praia de Âncora e do concelho de Caminha, foi uma preocupação do presidente da Câmara desde o primeiro momento em funções. O diálogo firme com o Governo e a empresa, mas também “sereno e razoável” (como o classificou o ministro hoje à tarde), acabou por conduzir à obra, que vai iniciar-se no quarto trimestre deste ano.
“Hoje, estamos aqui, porque a população de Vila Praia de Âncora foi heroica na resistência e na fidelidade aos seus princípios. Hoje não há quem não lembre um super-herói de capa e espada que, a coberto da noite, quis deixar a sua marca nos muros que separavam a Vila mas, a verdade, é que a vitória, esta vitória é, sobretudo, dos heróis anónimos que todos os dias lutam para educar os seus filhos, para cuidar dos seus netos, para honrar os seus pais e orgulhar os seus avós. Os heróis que são Vila Praia de Âncora até à mais pequena célula da sua forma de ser e que se mobilizaram, desde o primeiro dia, para inverter uma decisão que levantou muros onde era necessário encontrar soluções e respostas”, concluiu Miguel Alves.

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