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Paredes de Coura

Vítor Paulo Pereira defende emprego e turismo como ‘remédio’ para desertificação

4 Junho, 2016 - 01:16

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Na abertura da Festa da Truta, presidente da Câmara lembrou que tempos das famílias numerosas já passaram. Soluções têm de passar pela criatividade.

“Não se muda a curva demográfica com prémios de natalidade nem com algumas ideias avulsas”. O apontamento foi deixado esta sexta-feira pelo presidente da Câmara de Paredes de Coura na cerimónia de abertura da III edição da Festa da Truta, que decorre até domingo. Focado no problema da desertificação que tem vindo a afetar grande parte dos concelhos do Alto Minho, Vítor Paulo Pereira defendeu até que “a curva demográfica não se muda”. Para o edil socialista, a estratégia passa essencialmente por “criar emprego no sentido de fixar pessoas no território e fazer com que as pessoas de fora nos venham visitar”.
Paredes de Coura está entre os concelhos do distrito de Viana do Castelo que mais população tem perdido nas últimas décadas. Dados do Instituto Nacional de Estatística referem que na metade do século passado, em 1950, contavam-se 16.062 habitantes. Às portas do século seguinte, em 2001, Paredes de Coura caiu para 9.571. Os últimos censos, realizados em 2011, registam no concelho 9.198 habitantes. Para o presidente da Câmara, já vão longe tempos em que as famílias eram mais numerosas. “Para isso voltar a acontecer, então têm também de mudar a mentalidade. E a mentalidade hoje é outra!”, exclamou.
O presidente da Câmara concluiu o discurso com a visão que tem de dois tipos de Municípios que atualmente existem: ” há aqueles que vivem à sombra do conforto demográfico, que acham que não têm de ser inventivos nem criativos; e aqueles que por necessidade, por vontade e por perceberem para onde vai o mundo tornam-se diferentes porque esse é o caminho”.
De referir que, de acordo com dados do Eurostat divulgados no passado mês de março, Portugal é o país da União Europeia onde se têm menos filhos. Em média, cada portuguesa tem 1,23 filhos. Um número superior à taxa de 1,21 registada em 2013, mas abaixo da média europeia (1,58).

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