Pelo Alto Minho, todos (ou quase todos) já ouviram falar daqueles concursos internacionais onde os vinhos ganham prémios. Sobretudo medalhas de ouro e prata.
Ora, conta a revista Sábado que, na Bélgica, uma estação televisiva decidiu testar o rigor de um desses concursos. Uma competição internacional.
Como foi feito?
Foram ao supermercado. Compraram um vinho de 2,50 euros. Mudaram apenas o rótulo e o nome.
Foi batizado com o novo nome de Le Château Colombier.
Só a inscrição no concurso custou 50 euros. Disseram que as castas eram Côtes de Sambre et Meuse (Valónia), e, antes do envio da amostra, submeteram o vinho a uma análise de laboratório para enviar informações como a taxa de álcool e açúcar.
A análise custou mais 20 euros.
O resultado foi uma medalha de ouro no concurso de 2023, que também distinguiu vinhos portugueses como Casal Garcia (86 pontos), Aveleda (88 pontos) ou Montaria (88). De acordo com o RTBF, as medalhas são distribuídas a cada três meses.
“Existem concursos só para fazer dinheiro”
Com este teste de rigor, um sommelier e especialista, Eric Boschman alertou que “existem concursos anglosaxónicos só para fazer dinheiro”. “A inscrição é muito cara, o transporte é muito caro, para ter medalhas que não valem nada”, apontou.
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