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Valença quer tradição do Lanço da Cruz elevada a Património Imaterial da UNESCO [c/VÍDEO]

21 Março, 2018 - 05:56

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Valença quer elevar o Lanço da Cruz a Património Imaterial da UNESCO.  A tradição luso-galaica, com séculos de existência, repete-se todos os anos à segunda-feira de Páscoa, no Parque Natural […]

Valença quer elevar o Lanço da Cruz a Património Imaterial da UNESCO.  A tradição luso-galaica, com séculos de existência, repete-se todos os anos à segunda-feira de Páscoa, no Parque Natural da Senhora da Cabeça, em Cristelo Côvo, junto ao rio Minho. É ponto de confluência de milhares de peregrinos de todo o Noroeste Peninsular.
Ao entardecer, depois da visita pascal, à freguesia de Cristelo-Côvo (Valença), o pároco, devidamente paramentado e com uma cruz ornamentada, entra num barco de pesca e dirige-se até à margem espanhola onde dá a cruz a beijar aos paroquianos da outra margem. Durante esse período são lançadas, pelos pescadores as redes benzidas ao rio. Todo o peixe que sair no lance é para o pároco. Entretanto com o pároco português regressa, no barco, o pároco de Sobrado – Torron, concelho de Tomiño (Galiza), dando a cruz a beijar aos peregrinos que aguardam junto ao rio, na margem portuguesa. Várias embarcações portuguesas e galegas acompanham este compasso pascal, numa autêntica procissão fluvial, nas águas do Minho. “É único no país. Tem tudo para ser considerado Património Imaterial da UNESCO! Há mesmo quem aponte as origens desta tradição para a idade média”, disse à Rádio Vale do Minho a presidente da Junta da União de Freguesias de Valença, Cristelo-Côvo e Arão, Maria Fernanda Ferreira.

 

 

A Câmara de Valença está, obviamente, empenhada neste projeto. Para o vereador José Monte seria um “enorme orgulho” que esta elevação acontecesse. “É uma tradição secular. Estamos já a trabalhar com a Comunidade Intermunicipal (CIM) Alto Minho. Já está ser feito um trabalho junto das comunidades locais, tanto portuguesas como espanholas”, adiantou o autarca aos microfones da Rádio Vale do Minho.

De referir que a tradição do Lanço da Cruz prossegue na terça-feira seguinte, com a missa para os peregrinos da Galiza, celebrada em galego, por um padre galego. Neste dia também, por tradição, os peregrinos desfrutam dos seus merendeiros nas sombras do parque comendo, sobretudo, o que sobrou do carneiro ou cabrito da Páscoa.
A tradição do Lanço da Cruz tem sido, por isso, uma manifestação religiosa e popular muito acarinhada pelas populações da raia minhota que ano após ano atrai um maior número de populares e turistas.

 

Veja o vídeo da RG Produções que mostra a tradição luso-galaica do Lanço da Cruz

 

https://www.youtube.com/watch?v=gN-HEW9YIv0

 

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