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Valença: Presidente da Câmara garante que pereiras “não colocam muralha em perigo”

27 Julho, 2020 - 10:21

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PUB O presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, garantiu esta segunda-feira à Rádio Vale do Minho que as pereiras bravas que foram plantadas num troço das muralhas daquele concelho […]

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O presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, garantiu esta segunda-feira à Rádio Vale do Minho que as pereiras bravas que foram plantadas num troço das muralhas daquele concelho “não constituem qualquer perigo” para a construção secular.

O edil valenciano deu assim resposta à preocupação manifestada pelo Bloco de Esquerda que, em comunicado enviado às redações, diz ter já questionado o Governo sobre esta matéria. 

De acordo com os bloquistas, “moradores e especialistas têm vindo a público denunciar o perigo que representa a plantação de pereiras bravas em cima da muralha. Por duas duas razões: uma é que os planos de muralha não têm árvores, nem nunca tiveram, precisamente para garantir a sustentação da muralha que não é maciça. A outra razão é estrutural e tem a ver com as raízes e o porte das árvores. As raízes infiltram-se e causam danos na muralha”, alerta o partido.

“O peso do porte das árvores também tem esse efeito negativo. Acrescente-se, além destas ameaças, o perigo e de derrocada que poderão vir a representar árvores de grande porte como as pereiras bravas, que são os exemplares utilizados. Estas árvores atingem a altura de 13 metros e as suas raízes são de rápido crescimento”, avisa ainda o Bloco.

A plantação inseriu-se no projecto de requalificação urbana do centro histórico da cidade do Alto Minho, a cargo do atelier de arquitectos Souto de Moura o qual, refere o Bloco de Esquerda, já mostrou disponibilidade para alterar o projeto.

“A própria Direção Geral do Património e Cultura também levantou questões quanto à plantação de árvores naquele local, tendo já instado a Câmara Municipal de Valença a remover as árvores, há pelo menos um ano”.

Perante esta situação, os bloquistas consideram mesmo que “se a Câmara Municipal de Valença mantiver esta posição, incorre em crime contra o património”. 

 

 

“Não há qualquer perigo”, assegura o presidente da Câmara

 

 

Ouvido pela Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara de Valença desdramatizou a questão. “Antes das pereiras bravas, existiam lá dois carvalhos de grande porte e nunca puseram a muralha em perigo”, recordou Manuel Lopes.

“As pereiras bravas que estão plantadas fazem parte de um projeto que esteve em discussão pública durante um mês e ninguém levantou esse problema. Só o levantaram agora, depois delas estarem plantadas!”, exclamou. “As pereiras só crescem se as deixarmos crescer. Aquilo são árvores ornamentais e não de grande porte”, sublinhou.

Taxativo, Manuel Lopes vai mais longe e acredita que o problema pode não estar propriamente nas pereiras bravas. “Tenho a impressão de que uma pessoa que tem por ali uma vivenda estará preocupada com as vistas que tem sobre Tui. As pereiras não tiram qualquer vista”, assegurou o autarca. “Não há qualquer perigo para a estrutura da muralha”, certificou.

A Fortaleza de Valença é um monumento nacional, atualmente candidato a Património da Humanidade. Tem cerca de 700 anos e uma extensão de 5,5 quilómetros. Desempenhou um papel defensivo até ao ano de 1927, data da saída do último batalhão do exército.

 

[Fotografia: Jornal Público / DR]

 

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