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Valença

Valença: Marcelo lembrou bravura dos Alto-minhotos em dia de São Teotónio

18 Fevereiro, 2017 - 19:58

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Após inaugurar o CILV, Presidente da República considerou que economia nacional precisa de crescer.

Aplausos. Risos e sorrisos… uma «selfie». Abraços e beijinhos… outra «selfie». Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Ganfei às 11h00. Demorou uns bons minutos a percorrer meia centena de metros de passadeira vermelha até à imagem de São Teotónio no largo ao qual o santo dá nome. O povo saudava. As gentes de Valença, em dia de feriado municipal, aplaudiam um homem que naquele momento deixava de parecer um Presidente da República. A popularidade televisiva ganha durante mais de uma década mostrava-se oleada. Estava definitivamente longe de ser visto como um político pela multidão. Seguia pela ala esquerda da passadeira vermelha, até que fez uma pausa reflexiva. “Eu estou a privilegiar a esquerda!”, disse com um sorriso. Gargalhada geral, enquanto mudava de flanco.
Já no auditório da Junta de Ganfei, Marcelo continuou a «derreter de amores» toda a plateia. “Eu não tenho a sorte de ser do Alto Minho. Sou do Baixo Minho, que é uma espécie de aproximação. Não se chega ao paraíso, fica-se ali no purgatório à espera”. Nova gargalhada geral.
Em tom mais sério, mas sempre sorridente, o Presidente da República enalteceu primeiramente o território onde se encontrava. “A partir daqui, olham para o país de cima para baixo. E vão percebendo como é que o país se fez. Portugal começou aqui e começou com uma boa inspiração”, lembrou o professor. “Este santo [São Teotónio] não é só o santo padroeiro desta freguesia [Ganfei]. É um santo padroeiro de Portugal. Fomos e somos importantes porque fomos sempre fiéis à nossa história, aos nossos costumes e àquilo que nos define”, considerou. “Somos conhecidos por todo o mundo. E começou aqui… na vossa capacidade de luta e na vossa capacidade de acreditar. E também na inspiração de São Teotónio que, curiosamente, acabou por ser alguém próximo do começo da nossa nacionalidade”.
Embalado na lição de História, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou mesmo que Ganfei “não é uma freguesia qualquer”. “Esta é a freguesia de São Teotónio e São Teotónio não é um santo qualquer! Foi o primeiro santo português e esse momento não foi um qualquer. Foi o momento que antecedeu e que preparou o arranque da nossa pátria”, disse o Presidente da República perante uma assistência totalmente absorvida pelo discurso. “Todos somos descendentes daquela nossa força e por isso Portugal é eterno. Enquanto houver um português ou uma portuguesa, mesmo que não sejam descendentes deste santo ou deste momento de afirmação, Portugal não acaba”, desfechou Marcelo seguido de um efusivo aplauso.

Economia nacional precisa de crescer “claramente” acima dos 2%

Com a agenda do programa já em larga derrapagem, Marcelo não mostrava pressas. Seguiu para o Centro de Inovação e Logística de Valença (CILV). Saiu do carro presidencial com novo sorriso. Mais cumprimentos. Ouviu a tuna e tirou foto de família com os estudantes. “Ainda bem que não há exames agora”, disse o Presidente ao lado dos académicos. Mais uma gargalhada e os flashes iam disparando. “Façam um ar inteligente”, pediu Marcelo aos estudantes. E a multidão sorria e ria.
Descerrada a placa do CILV, o Chefe de Estado seguiu para o auditório daquele espaço, agora oficialmente inaugurado. Um auditório bem maior que o anterior, mas igualmente repleto. Perante as centenas de presentes, Marcelo Rebelo de Sousa tornou-se a quarta personalidade em toda a história do concelho a receber a Chave de Honra da Cidade, o mais alto galardão atribuído pelo Município.
Novo discurso, onde defendeu que a economia nacional precisa de crescer, “claramente”, acima dos 2% para permitir o investimento e a criação de emprego. “Precisamos de aumentar as taxas de crescimento, claramente, acima dos 2%. Não é apenas por uma questão de criação de emprego é para uma libertação de poupança. Uma formação de poupança é um investimento que assegura a sustentabilidade desse crescimento, nomeadamente, em termos de recursos humanos, de pessoas”, afirmou o chefe de Estado.
O Presidente da República manifestou-se também confiante no avanço, nos próximos tempos, da descentralização do país, apesar de reconhecer a complexidade do processo. Desafiou os partidos políticos a tentarem o melhor acordo sobre este processo, dando os passos possíveis. “Um, dois ou três, os que fossem possíveis. Eu sou muito paciente. E disse no meu discurso de tomada de posse que, muitas vezes não é possível o ótimo, mas então tentemos o razoável, para já não dizer o bom. E aqui o bom é mesmo o razoável. É conseguir um acordo relativamente a um, ou dois ou três pontos no caminho da descentralização. Se isso for possível é bom para todos os portugueses”, concluiu.

Veja o vídeo da visita do Presidente da República a Valença AQUI:
[copie o link para a barra de endereços] https://www.facebook.com/RadioValedoMinho/videos/1369909909746261/

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