O presidente da Câmara de Valença admite a possibilidade de que possam sair medidas mais duras da ação de protesto marcada para a próxima segunda-feira, em Monção.
Recorde-se que é para esse dia que está agendado novo encontro entre autarcas de um lado e do outro do Rio Minho. Uma iniciativa que visa, mais uma vez, alertar os Governos português e espanhol para o que consideram “reabertura urgente” das fronteiras entre os dois países.
“Nunca há um protesto igual a outro”, avisou Manuel Lopes. “Naturalmente que poderão ser tomadas mais medidas para fazer sentir aos Governantes que nós não somos bolas de ping-pong! Um dia dizem uma coisa e passado quatro horas dizem outra… não cai bem!”, disparou o autarca.
Na passada quarta-feira, no protesto que decorreu na Ponte da Amizade [Vila Nova de Cerveira/Tomiño] os 16 presidentes de Câmara integrantes do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (Rio Minho) suspenderam mesmo o Auto de Reconhecimento de Fronteira.
O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23h00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada, devido à pandemia da COVID-19.
Os pontos de fronteira em funcionamento são Valença-Tuy, Vila Verde da Raia-Verín, Quintanilha-San Vitero, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro, Termas de Monfortinho-Cilleros, Marvão-Valência de Alcântara, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e Castro Marim-Ayamonte.
No âmbito do controlo das fronteiras, estão impedidas as deslocações turísticas e de lazer entre os dois países, sendo apenas permitida circulação de transportes de mercadorias e de trabalhadores transfronteiriços.
A ação de protesto da próxima segunda-feira, em Monção, está marcada para as 10h00.
[Fotografia: Arquivo / DR]
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