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A feira semanal de Valença é considerada uma das maiores do país. Existe há mais de 800 anos e já não havia memória de dias assim: completamente deserta.
Embora os feirantes tenham recebido recentemente a autorização do Município para a realização do evento, o cenário desta quarta-feira foi desolador. As bancas são montadas, os produtos expostos… mas os clientes não aparecem.
Os vizinhos galegos, recorde-se, têm tido desde sempre uma importância fundamental no êxito desta feira. Só que a Galiza continua bastante afetada pela pandemia da COVID-19. Há vários municípios sob restrições de mobilidade e um deles é precisamente Tui, mesmo do outro lado do rio Minho. Ninguém entra, nem ninguém sai sem justificação válida. E ir à Feira de Valença não é, evidentemente, uma justificação válida.
Os valencianos também não aparecem. O concelho encontra-se em Risco Elevado de contágio da COVID-19 e nota-se claramente que a comunidade não quer facilitar, sobretudo depois da imposição do recolher obrigatório durante a tarde no passado e também no próximo fim de semana.
A conclusão é evidente: corredores desertos e uma feira semanal completamente muda. Não há pregões. Não há discussão de preços, nem economia a girar. Apenas dezenas de feirantes desanimados perante uma pandemia que continua a destroçar-lhes a vida. E o coração.
Veja o vídeo [todos os créditos: FB Feiras de Portugal]
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