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Valença: Esta casa chama-se… “Cinco Minutos” – Sabe porquê? Veja AQUI

4 Janeiro, 2020 - 18:18

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«Cinco Minutos». É este o nome de uma antiga casa situada na Avenida Miguel Dantas, em Valença. O povo, sobretudo os mais velhos, sabe a razão do nome. Mas muitos jovens do concelho, que sabem identificar a casa, não fazem ainda a mínima ideia porque se chama assim.

E são muitos os turistas que ali passam e não reparam na inscrição no topo do edifício. Outros notam… e, apesar do insólito, deixam-se ficar para sempre com esta dúvida.

Conforme contou o jornal Diário do Minho no suplemento Património publicado em junho do ano passado, este edifício data do princípio do século passado. Está entre as primeiras casas construídas naquela avenida. O imóvel, todo revestido a azulejo, tem dois pisos. E lá em cima… os tais «Cinco Minutos».

A origem do nome, conta aquele jornal, pode ser encontrada no livro Pedaços da Vila de Valença, de Salusiano da Costa. De acordo com este autor, existiu ali um estabelecimento cujo proprietário era António Gomes, a quem colocaram a alcunha de Cinco Minutos. Porquê? Conta a obra que a qualquer pedido que lhe faziam respondia com “espere cinco minutos”.

 

Tabacaria que passou a casa de câmbios

 

Foi nos anos 20 do século passado que esta casa iniciou a sua atividade. Era uma tabacaria. Mais tarde, em 1931, a tabacaria foi anexada a casa de câmbios. Conta Salusiano da Costa que, na verdade, o maior negócio de António Gomes não era o tabaco, mas sim o câmbio de dinheiro.

António Gomes viajava muito de comboio entre Porto e Vila Nova de Cerveira para efetuar serviços de cambista. Também fazia longos trajetos a pé. Conta o autor do livro que, “mesmo as pessoas sabendo que naquela carteira vinham milhares de escudos, o Sr. Gomes fazia o trajeto a pé porque sabia que nunca era assaltado”. E não foi.

Mas um dia, António Gomes perdeu mesmo aquela recheadíssima bolsa entre a estação de caminhos de ferro de Valença e a sua loja. Conta Salusiano da Costa que foi encontrada por um homem chamado Francisco das Águas que a entregou ao cambista no estabelecimento.

Como recompensa, cita ainda o Diário do Minho, “António Gomes atirou-lhe abruptamente um maço de tabaco. A oferta foi recusada pela forma como foi dada”. Perante isto, o proprietário “foi ao bolso e tirou um maço de notas”. Mas Francisco também recusou.

A vida da casa «Cinco Minutos» começou a apagar-se nos anos 90 do século passado com a chegada da moeda única e, consequentemente, com o quase total desaparecimento do mercado dos câmbios no concelho. O edifício – esse – continua lá. Mas agora de portas fechadas e janelas com persianas corridas.

 

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