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O presidente de Câmara Municipal de Valença considera que seria “um erro crasso” se os governos de Portugal e Espanha voltassem a decidir um novo encerramento das fronteiras entre os dois países.
O autarca, que reagia a uma eventual nova limitação à mobilidade entre os dois países, no âmbito da avaliação à evolução da COVID-19 que os governos dos dois países vão fazer nos próximos dias, admitiu a implementação de medidas de controlo da pandemia causada pelo novo coronavírus, mas recusou a reposição de fronteiras, no caso de Valença com a cidade galega de Tui.
As duas cidades separadas por apenas 400 metros, servidas por duas pontes sobre o rio Minho e que, em 2012, formalizaram a Eurocidade Valença/Tui, lideram o tráfego rodoviário diário entre os dois países com 15.741 veículos.
“Que haja controlo nas fronteiras, tudo bem. Que haja controlo das pessoas oriundas de zonas com surtos de COVID-19, tudo bem, mas encerrar as fronteiras a povos vizinhos, como nós, que não vivemos o nosso dia-a-dia uns sem os outros, seria um desastre financeiro e psicológico”, sublinhou Manuel Lopes.
“O corte das fronteiras entre março e junho afetou muito a nível psicológico as pessoas dos dois lados do rio Minho”, reforçou o presidente da Câmara de Valença.
Encerramento vai ser analisado esta sexta-feira
O encerramento das fronteiras entre Portugal e Espanha está novamente em cima da mesa. O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou esta terça-feira que tal será sempre uma decisão conjunta. Será analisada esta sexta-feira com a sua homóloga espanhola.
Sobre a necessidade de uma nova limitação à mobilidade entre os dois países, depois de as autoridades espanholas terem anunciado, na segunda-feira, 27.404 novos casos desde sexta-feira, Augusto Santos Silva sublinhou que as decisões recaem sobre os ministros da Administração Interna de Portugal e do Interior de Espanha e que o assunto será debatido nas próximas semanas.
A região do Alto Minho regista nesta altura com 198 casos ativos de COVID-19, de acordo com o relatório da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) ao qual a Rádio Vale do Minho teve acesso. Um aumento de 45 casos relativamente ao último relatório, emitido na passada sexta-feira.
O concelho mais afetado vai sendo Viana do Castelo que nesta altura apresenta 61 casos ativos (mais 10 em relação a sexta-feira).
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
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