Na freguesia de São Pedro da Torre, em Valença, voltou a cumprir-se a tradição neste Domingo de Páscoa. O compasso saiu à rua e espalhou pelas casas a mensagem da ressurreição de Jesus Cristo.
Dentro das casas, as famílias acolhem a visita. O porta-voz, de sorriso no rosto, saúda à entrada. “Cristo ressuscitou! Aleluia! Aleluia!”, dizem em coro.
Assim aconteceu não só em São Pedro da Torre, como em todo o Alto Minho.
Conhece a origem dos compassos Pascais?
Em muitos concelhos do Alto Minho, a tradição pascal vai cumprir-se este domingo. Vários compassos pascais vão sair à rua e vão percorrer várias casas, dando a cruz a beijar.
De acordo com o estudo A Origem Medieval do Compasso Pascal, de Geraldo Coelho Dias, os vestígios mais remotos datam do início do século 17.
Tudo terá começado com um ritual de bênção das casas.
“A bênção pascal das casas —Benedicto domorum in Sabbato Sancto— como preceituava o Rituale Romanum de Paulo V, em 1614, estendeu-se a toda a Igreja Católica como um «direito paroquial». A sua execução prática revestia, porém, características e solenidades especiais conforme a diversidade dos lugares”, refere.
“E foi, exactamente, isso que aconteceu em Portugal sobretudo no Entre Douro e Minho. Daí nasceu a típica Visita Pascal do pároco, o célebre Compasso minhoto”, acrescenta.
[crédito imagem: DR/Via Blogue do Minho]
Noutros concelhos e respetivas freguesias, a Visita Pascal é realizada na segunda-feira imediatamente a seguir ao Domingo de Páscoa.
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