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No Vale do Minho, região fronteiriça do distrito de Viana do Castelo que compreende os concelhos de Monção, Melgaço, Valença, Vila Nova de Cerveira, Caminha e Paredes de Coura, não faltam castelos e fortalezas. Assinala-se hoje o Dia Mundial dos Castelos… e, assumimos nós, das Fortalezas também.
Existe diferença? Evidente que sim. A mais básica de todas é que castelos são edificações construídas para segurança e proteção. Já as fortalezas foram construídas claramente com propósito militar.
Fortaleza de Valença – É possivelmente a mais famosa nas margens do rio Minho. As suas origens remontam aos séculos XII ou XIII. Destinava-se à defesa da povoação e da travessia daquele trecho do rio.
Fortaleza de Monção – É monumento nacional desde 16 de junho de 1910. Do castelo Medieval de Monção construído no tempo de D. Dinis (1305 a 1308), resta apenas um trecho junto ao passeio dos Néris. Devido à intensificação das guerras à mão armada, construiu-se uma muralha mais extensa, que compreendia cinco porta: a de Salvaterra, do Rosal, da Fonte ou das Caldas, de S. Bento e as do Sol ou dos Milagres.
As atuais muralhas resultam de uma modificação ocorrida na 2ª metade século XVII, tendo sido rompidas em três partes a partir do séc. XIX: para construção da via-férrea, para a abertura da Avenida das Caldas e para o alargamento da estrada em direção a Melgaço.
Torre de Lapela (Monção) – É tudo o que resta do Castelo de Lapela, que estava situado a poucos quilómetros a jusante de Monção, castelo este que defendia o vau do Rio Minho.
Castelo de Melgaço – Foi a principal defesa raiana do Alto Minho durante o século XII. É a sentinela mais a norte de Portugal. A construção do castelo remonta a 1170, por determinação de D. Afonso Henriques.
Castelo de Castro Laboreiro (Melgaço) – Está na freguesia de Castro Laboreiro, e remonta também ao reinado de D. Afonso Henriques que conquistou a povoação de Castro Laboreiro, fazendo reforçar a sua defesa.
Castelo de Vila Nova de Cerveira – As origens deverão remontar ao reinado de D. Sancho II, em pleno século XIII. Ergue-se na sua margem esquerda do rio Minho cobrindo a linha defensiva do Alto Minho, no trecho compreendido entre a foz do rio, na altura de Caminha e a vila de Melgaço.
Castelo/Fortaleza de Caminha – Antigo porto numa ponta de areia entre os rios Coura e Minho, a vila de Caminha desenvolveu-se com base na pesca e no comércio (fluvial e marítimo), a partir do século XII, quando se reduziu a pirataria no litoral, ganhando importância como baluarte defensivo da fronteira noroeste de Portugal.
Assim o entendeu o rei D. Afonso III (1248-1279), no âmbito da reorganização da fronteira do Entre Douro e Minho, que ali criou uma póvoa de raiz, com traçado racional do ponto de vista militar e urbanístico.
Forte da Ínsua (Caminha) – Localiza-se na Ínsua de Santo Isidro, na freguesia de União das Freguesias de Moledo e Cristelo.
Em 1392, frades franciscanos da Galiza sob a direção de frei Diogo Arias, edificaram um cenóbio na ínsula. Datará desse período a primeira fortificação no local, com a função de proteção da barra daquele rio e dos religiosos, erguida por determinação de João I de Portugal.
O Dia Nacional dos Castelos assinala-se esta quarta-feira, 7 de outubro. Desde 1984 que o Dia Nacional dos Castelos se comemora em outubro. Inicialmente era celebrado no primeiro sábado do mês mas em 2003 estabeleceu-se o dia 7 como a data oficial. Tem como objetivo promover em todo o país iniciativas e atividades que visam a reflexão sobre o património fortificado.
Os castelos são testemunhos da memória coletiva dos povos e representam uma importante referência arquitetónica, histórica, cultural e simbólica de um país.
[Fotografias: DR]
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