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Alto Minho

Último diretor da Estradas de Viana afirma que custos com manutenção e insegurança na EN13 vão aumentar

21 Outubro, 2011 - 10:56

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O ex-diretor de Estradas do distrito de Viana do Castelo admite que o trânsito que está a ser desviado da A28 vai aumentar os encargos financeiros com a manutenção da estrada nacional 13, alternativa à autoestrada paga.

O ex-diretor de Estradas do distrito de Viana do Castelo admite que o trânsito que está a ser desviado da A28 vai aumentar os encargos financeiros com a manutenção da estrada nacional 13, alternativa à autoestrada paga.

"A maior utilização da EN13 [Estrada Nacional entre Viana do Castelo e Porto] obrigará a mais e diversos encargos financeiros diretos com a proteção de peões, conservação, manutenção e segurança rodoviária, bem como custos sociais que não podem ser objetivamente mensuráveis, pelo menos, para já", admitiu, em declarações à Lusa.

António Cruz foi diretor de Estradas do distrito de Viana do Castelo entre 2001 e 2008, tendo sido o último a ocupar o cargo, fruto da reestruturação entretanto encetada na empresa Estradas de Portugal.

Profissional da Administração Rodoviária entre 1973 e 2009, António Cruz conhece de perto as ligações rodoviárias entre o distrito de Viana do Castelo e o Porto, pelo que não tem dúvidas em garantir que grande parte do tráfego que desapareceu da A28 circula hoje pela EN13.

Segundo dados oficiais, no segundo trimestre de 2011, a A28 perdeu 9.000 viaturas por dia.

"Contribui para a degradação precoce dos pavimentos, o aumento da sinistralidade, o agravamento na duração das viagens, a variação de níveis de poluição ambiental e sonora, dentre outras circunstâncias que afetarão a qualidade de vida das populações locais, por se tratar de uma via [EN13] com zonas demasiado povoadas sobre o seu traçado", sublinha.

Admite ainda que nos últimos doze meses, desde o início da cobrança de portagens na A28, que "a mobilidade está a sofrer mutações apreciáveis e a ajustar-se a novas realidades", nomeadamente com as empresas a tentarem "diluir a sobrecarga financeira adicional que os aumentos com encargos da utilização de transportes rodoviários induzem nos custos de operação ou produção".

António Cruz, que estava em funções aquando da conclusão da A28, afirma ainda que as receitas obtidas pela Estradas de Portugal com as portagens nas três antigas SCUT do Norte, cerca de 72 milhões de euros até final de agosto, "destinam-se, provavelmente, a obter liquidez imediata para pagamento à concessionária das rendas devidas ou parte delas".

Assinala ainda que a introdução de portagens representou uma "contribuição para o abaixamento do volume de tráfego e, assim, provavelmente, um enfraquecimento da economia das populações que viam nessas vias eixos estruturantes que poderiam propiciar um desenvolvimento sustentado nas suas respetivas áreas de influência".

Recorde-se que António Cruz foi agraciado, este mês, "enquanto dirigente" da Ordem dos Engenheiros, pelo papel desenvolvido "em prol desta Instituição da Engenharia Portuguesa e dos seus Engenheiros".

FONTE: LUSA

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