As palavras custam a sair. Por todas as ruas, por todos os becos, por todas as esquinas por onde passa a equipa monçanense da Subzone – Search and Rescue Team o cenário é o mesmo: destruição praticamente total.
Edifícios colapsados, outros em risco iminente de ruir, e carros esmagados entre os destroços. Ao mesmo tempo, a esperança e tensão constantes de existirem ainda sobreviventes entre os escombros.
“Os principais trabalhos neste momento são buscas com recursos cinotécnicos à procura de vidas. Ainda ontem e hoje foram encontrados”, lembrou Gonçalo Oliveira à Rádio Vale do Minho, coordenador da equipa de Monção, ainda visivelmente emocionado após o momento vivido durante a manhã de segunda-feira em que mais uma sobrevivente foi resgatada, na província de Hatay.
Veja a galeria de fotos [créditos: Subzone à Rádio Vale do Minho]
Apesar de já terem sentido várias réplicas, os nove elementos da Subzone encontram-se todos bem.
“Obrigado a todos os que nos enviam mensagens via Whatsapp. É a única forma pela qual podemos comunicar nas breves pausas”, agradeceu Gonçalo Oliveira. “Um agradecimento também ao Munícipio de Monção pela preocupação constante pelo nosso bem estar”, acrescentou.
O trabalho não pode parar. A esperança, essa, nunca morre entre a Subzone.
Veja a galeria de fotos [créditos: Subzone à Rádio Vale do Minho]
“Foi um dia e noite de trabalhos intensivos, contudo, o resgate bem sucedido de vidas humanas, com o tempo já decorrido, reforça a moral de todos os envolvidos na missão para continuarem incessantemente, sejam eles organismos estatais, entidades publicas e privadas, tradutores, equipas de resgate, ONG’S, equipas de civis que orientam a logística das equipas”, concluiu Gonçalo Oliveira.
O mais recente balanço oficial aponta que as vítimas mortais provocadas pelo sismo que afetou a Turquia e a Síria já ultrapassam as 33 mil. A ONU alerta que este número ainda pode duplicar.
A equipa da Subzone, de Monção, está a ser coordenada por Gonçalo Nuno Oliveira. É formada ainda por João Carlos Parra, Ivo Fernandes, Manuel Carlos Gonçalves, Pedro Silva, João Lourenço, Vítor Teixeira, Marlene Falcão e Paulo Campos.
Ao oitavo dia após os terramotos na Síria e na Turquia, o último balanço aponta para mais de 35 mil mortos. No domingo, a ONU observou que o número de vítimas mortais poderá duplicar, devido ao facto de milhares de pessoas permanecerem presas nos destroços. A agravar a situação, as rivalidades territoriais entre o Governo sírio e os grupos rebeldes estão a dificultar a ajuda humanitária.
A catástrofe causada pelos sismos de há uma semana – com magnitudes de 7.8 e 7.5 na escala de Richter – deixou um quadro de destruição. De acordo com a agência France Presse, as autoridades turcas avançam com 31.643 mortos. Na Síria confirmam-se 3.581.
[Fotografias capa: Subzone à Rádio Vale do Minho]
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