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Alto Minho

Turismo: Presidente reúne com autarcas mas critica possibilidade de promoção turística própria

30 Julho, 2012 - 10:40

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O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal criticou a possibilidade de as autarquias do Alto Minho assumirem a promoção turística da região, afirmando que “não se pode regredir”.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal criticou a possibilidade de as autarquias do Alto Minho assumirem a promoção turística da região, afirmando que “não se pode regredir”.

“Temos de perceber que há hoje uma marca fortíssima para promover a região e essa marca é o Porto e Norte de Portugal. Não se pode regredir e voltar a ter na promoção mais de trinta marcas, como no passado”, apontou, em declarações à agência Lusa, Melchior Moreira, que reúne na terça-feira com os autarcas do distrito.

Aquela entidade assume, desde 2009, a promoção turística de um território com 88 municípios e, no caso do distrito de Viana do Castelo, levou à extinção da Região de Turismo do Alto Minho, que, além daqueles dez concelhos, reunia ainda os de Terras de Bouro, Barcelos e Esposende (Braga).

Há poucos dias, o presidente da Câmara de Viana do Castelo admitiu a necessidade de retomar o “Alto Minho” como marca turística própria, dada a “insatisfação” da região com a promoção realizada pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal.

“Infelizmente, este novo modelo de associação, juntando 88 municípios do Norte, não veio trazer vantagens e, pelo contrário, trouxe desvantagens. Os resultados estão aí, com quebras nas dormidas no Alto Minho, apesar de uma subida no Norte”, apontou José Maria Costa, garantindo mesmo que aquela região “saiu a perder”.

Nesta altura, no âmbito da elaboração do plano estratégico da Comunidade Intermunicipal (CIM) Alto Minho para a região, está já a ser estudada a hipótese de dotar esta entidade de mecanismos financeiros para assegurar essa promoção turística própria.

Segundo José Maria Costa, o trabalho “que se andou a amealhar durante anos” com a extinta região “está a ser descapitalizado”, afirmações que, para Melchior Moreira, “não fazem qualquer sentido”, o que o levou a solicitar uma reunião à CIM.

“O que vou dizer aos autarcas é que não podemos voltar a falar no Alto Minho e no Verde Minho, temos que falar num Minho a uma só voz. O Turismo Porto e Norte trouxe claramente mais dimensão ao Minho e nós estamos a trabalhar no sentido de aumentar as estadas e proveitos para a região”, afirmou.

As críticas locais surgem depois de identificada uma quebra no crescimento da atividade turística entre 2005 e 2010, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), de 0,4 por cento.

Além do distrito de Viana do Castelo, essa quebra fez-se sentir também na região do Douro (-0,1), enquanto que todas as restantes regiões do Porto e Norte registaram subidas, chegando a um crescimento médio geral de 5,2 por cento.

A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal tem a sua sede no Forte de Santiago da Barra, na cidade de Viana do Castelo, aonde antes funcionava a Região de Turismo do Alto Minho.

“Fomos perdendo alguma capacidade de atração para outros destinos, como é o Porto. As SCUT e o IVA não podem justificar tudo, precisamos de ter uma estratégia mais clara e consistente de promoção turística, que não está a ser feita pelo Porto e Norte”, apontou ainda José Maria Costa.

“Apenas visto a camisola da promoção turística do território para levar a nossa marca ao todo nacional e ao mundo. Não dou importância a essas críticas porque estou de consciência tranquila pelo trabalho que temos feito e acima de tudo pela aposta na diversidade turística”, afirmou, por seu turno, Melchior Moreira.

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