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Turismo: Galiza proíbe particulares de alugar quartos – Meio rural em choque com a medida

15 Janeiro, 2020 - 10:50

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Centenas de quartos para alugar na Galiza desapareceram dos motores de busca da Internet. E aqueles que podem ser encontrados nos mais conhecidos, como o Airbnb ou no Booking, estão expostos a multas que podem ir dos 900 aos nove mil euros. 

De acordo com notícia avançada pelo La Voz de Galicia, o Governo galego proíbe particulares de alugar quartos para fins turísticos. O mesmo já não acontece noutras regiões espanholas, sobretudo no norte. Só que na Galiza, não. 

Ainda de acordo com aquele jornal, o governo galego já tinha tentado essa proibição em janeiro de 2017, mas foi impedido no passado mês de outubro por decisão da Suprema Corte alertando que “a proibição viola os direitos constitucionais dos proprietários e a livre concorrência”.

No entanto, conta o La Voz de Galicia, “a Junta recorreu da decisão argumentando que o decreto não podia ser anulado dado que já estava contido numa lei anterior da própria Junta”. O Tribunal Superior reconheceu então que este decreto não é ilegal e o governo galego levou então por diante a proibição destinada a particulares no sentido de alugar quartos.

Desta forma, na Galiza, o aluguer de quartos apenas pode agora ser feito por hotéis ou casas de turismo rural. “Nas cidades existem inúmeros hotéis, pensões e outras formas de alojamento o que não representa um obstáculo para os turistas. No entanto, em áreas rurais, acabar com o aluguer de quartos deixa muitos municípios com poucos ou até nenhum alojamento”, alerta o La Voz de Galicia.

 

Inspetores galegos estão a “vasculhar” as plataformas

 

Procurar alojamentos na Galiza pela Internet tornou-se agora “devastador”, avalia o jornal. “Há pelo menos 12 municípios em que deixaram de existir espaços. Cidades pequenas sem pensões ou hotéis a funcionar, pelo menos em época baixa”, descreve o periódico.

O medo fala mais alto. “Há inspetores do turismo galego a vasculhar estas plataformas para aplicar sanções”, avisa o La Voz de Galicia. A única opção que resta ao meio rural é o aluguer de casas completas. “Não era proibido, mas é um modelo mais ligado à pura exploração turística”, explica o periódico.

 

Meio rural leva mãos à cabeça

 

Para além da pequena renda, alugar quartos era também uma forma de companhia que vários residentes nas zonas mais rurais da Galiza encontravam. “Agora estou sozinha outra vez nesta vila. Está tudo acabado. Acho que não vou aguentar e vou para um lar”, lamentou Josefa ao La Voz de Galicia, uma das poucas habitantes de uma pequena localidade em Lugo.

Josefa alugava quartos com frequência a turistas espanhóis e estrangeiros que queriam conhecer a vida naquele lugar… muitos eram peregrinos de Santiago. A única filha de Josefa, que vive em Londres, já removeu os anúncios do quarto de todas as plataformas da internet.

Entretanto, a Associação de Vivendas Turísticas da Galiza já reagiu a esta decisão do Governo e, em declarações ao La Voz de Galicia, a presidente Dulcinea Aguín admite mesmo que este cenário “pode gerar um mercado negro e descontrolado muito prejudicial para a administração”.

 

[Fotografia: Ilustrativa / Direitos Reservados]

 

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