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Viana do Castelo

Tribunal indefere pedido de insolvência da têxtil Milopos

3 Outubro, 2011 - 17:33

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O Tribunal de Viana do Castelo indeferiu o pedido de insolvência da "Milopos", têxtil onde 85 trabalhadores não recebem qualquer pagamento desde junho, informou fonte do sindicato do setor.

O Tribunal de Viana do Castelo indeferiu o pedido de insolvência da "Milopos", têxtil onde 85 trabalhadores não recebem qualquer pagamento desde junho, informou fonte do sindicato do setor.

"Não temos qualquer explicação para este indeferimento, talvez a formulação ou documentos entregues pela administração. Mas isto deixa-nos preocupadíssimos, porque pode haver aqui algo de muito estranho", explicou à Lusa Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes.

Segundo o sindicalista, o despacho de indeferimento foi decretado na sexta-feira e o pedido, apresentado pela administração, era visto como o "último recurso" para que os trabalhadores recuperassem "atempadamente" os créditos e, eventualmente, uma parte dos postos de trabalho.

"Perante este indeferimento do pedido de insolvência, o que temos é que os trabalhadores não recebem e não têm trabalho. É um cenário complicadíssimo", insistiu Francisco Vieira.

Sob várias designações, a "Milopos" opera em Santa Marta de Portuzelo, nos arredores de Viana do Castelo, há cerca de 65 anos.

Os 85 trabalhadores, a esmagadora maioria mulheres e com cerca de 40 anos de casa, não recebem qualquer pagamento desde junho.

"A partir de hoje, segunda-feira, podem começar a rescindir os contratos de trabalho porque já estão dentro do prazo legal. Temo que isso possa vir a acontecer, o que enfraquecerá esta luta pelos direitos de todos os trabalhadores", admitiu o sindicalista.

Francisco Vieira aguarda, ainda assim, que a administração da "Milopos" avance com um novo pedido de insolvência da têxtil, conforme já terá sido prometido aos trabalhadores.

Os trabalhadores da "Milopos" regressaram de um período de férias de um mês a 19 de setembro e desde essa altura que "não há nada para fazer" no interior da fábrica.

Têm em atraso o pagamento dos salários de julho, agosto e setembro, além do subsídio de férias.

A administração anunciou em setembro a apresentação de um pedido de insolvência acompanhado de um programa de recuperação da empresa, mas apenas com menos de metade dos trabalhadores.
FONTE: "Lusa"

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